PUBLICADO EM 18/02/2021

Monster Hunter

 

Monster Hunter

Monster Hunter é uma franquia de videogame de enorme sucesso que está ganhando vida nas telonas pelo diretor e roteirista Paul W.S. Anderson, responsável por adaptar Resident Evil.

Em seu novo longa temos mais uma vez Milla Jovovich no papel principal, desta vez como a Tenente Artemis, que é transportada junto com seus soldados para um mundo estranho repleto de criaturas gigantescas e perigosas. Para combate-las ela se junta a um guerreiro local (Tony Jaa) e tenta achar seu caminho de casa.

Se você leu essa sinopse, você literalmente, já sabe o filme inteiro. Não há absolutamente nada para acrescentar em termos de história, ela é apenas preenchida com grandes cenas de ação contra as criaturas gigantes, e veja bem, não há problema o filme ser simples e apresentar esses grandes momentos, desde de que fossem bem feitos, coisa que não são.

O design das criaturas é pouco inventivo e na hora da ação há muitos cortes, como se o diretor quisesse esconder os defeitos de cgi e coreografia. Ele também apela diversas vezes pra close-ups nos rostos dos personagens humanos, que involuntariamente remetem a esquetes dos Trapalhões.

Poucas coisas fazem sentido aqui, como por exemplo o fato do personagem de Jaa (que nem nome tem) tentar ajudar a derrotar o monstro quando os soldados aparecem no deserto, mas assim que ele se encontra de fato com Artemis, ele decide capturá-la, gerando um embate desnecessário.

Depois que mais de 1h de filme aparecem novos personagens, que talvez devam significar algo pra quem conhece os games, mas aqui são quase figurantes. Nem as armas que eles usam, que poderiam ter algum potencial se fossem mais diversificadas ou soltassem algum poder diferente, não acrescentam nada e soltam o mesmo foguinho, que eles ainda usam pra combater no final um grande dragão que obviamente solta fogo.

Sabemos muitíssimo pouco dos personagens principais, menos ainda dos que só aparecem pra morrer e não geram nenhum peso na narrativa. O Mundo Novo é um mistério e é simplesmente inconcebível que ao final os realizadores tiveram coragem de deixar um gancho pra uma continuação, como se alguém fosse se importar o suficiente para querer que isso acontecesse.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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