A Guerra do Amanhã, filme originalmente da Paramount e vendido para Amazon estrelado por Chris Pratt, chega cheio de boas intenções tentando revitalizar o típico filme de exército de um homem só, tão famosos nos anos 80 e 90, mas acaba apenas soando ultrapassado.
Na trama, o mundo fica chocado quando um grupo de viajantes do tempo chega para entregar uma mensagem urgente: Trinta anos no futuro, a humanidade está perdendo uma guerra global contra uma espécie alienígena mortal. A única esperança de sobrevivência é que os soldados e civis do presente sejam transportados para o futuro e se juntem à luta.
Apesar da premissa interessante, quando você para pra pensar ela não se sustenta por muito tempo. Veja bem, se uma sociedade 30 anos mais evoluída, e que consegue desenvolver tecnologia para viajar no tempo não está conseguindo ganhar a guerra, porque levar civis, que eu sua massiva maioria não tem nenhum tipo de preparo, irá ajudar?? E esse tipo de questionamento pode ser feito em várias outras situações do filme.
Em vários momentos o longa tenta mostrar a importância da ciência para vencer a guerra, mas isso acaba sendo apenas da boca pra fora, pois em todos os momentos decisivos, a resolução é na bala. Inclusive o viés conservador norte-americano não é nem um pouco sútil, ao exaltar o exército de todas as formas possíveis, a desconfiança no governo fazendo as pessoas tendo que defender a si próprias, etc… Existe aqui e ali alguma crítica a guerra mas são bastante tímidas.
Falando sobre o elenco, os coadjuvantes não tem tanto o que fazer, mas vale o destaque para Yvonne Strahovski. O filme é feito para Pratt ser o herói, e ele já mostrou em outras situações que é muito competente na ação e comédia, mas quando é exigido na parte dramática deixa muito a desejar.
Os efeitos especiais são em sua maioria bons, mas é nítido a falta de capricho em determinas cenas, principalmente a grande luta final, que deveria ser a mais grandiosa e causar impacto. Os aliens tem um design até interessante, mas são pouquíssimos explorados como criaturas, eles não tem grandes características ou algo que os torne um adversário especial, a não ser sua ferocidade e quantidade elevada.
O final é bastante previsível e ainda conta com uma narração em off claramente inserida posteriormente para ajudar a audiência mais desatenta a entender o que aconteceu. A Guerra do Amanhã parece um filme bastante datado saído de 30 anos atrás usando o próprio buraco de minhoca que criou.
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