PUBLICADO EM 16/07/2021

Space Jam: Um Novo Legado

 

Space Jam: Um Novo Legado

O primeiro Space Jam lançado em 1996, apesar de estar longe de ser uma obra prima, marcou toda uma geração trazendo os adorados Looney Tunes para um blockbuster nos cinemas junto com um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, se não for o maior, Michael Jordan.

Logo, a ideia de fazer um novo filme com o maior jogador da atualidade LeBron James, e tendo uma evolução tecnológica para trazer Pernalonga e sua turma numa nova roupagem 3D, é realmente boa, mas infelizmente isso não é suficiente.

Na trama, LeBron e seu filho Dom (Cedric Joe), quem vem tendo dificuldades em se entender, são raptados para os servidores da Warner por uma inteligência artificial (Don Cheadle), após a IA ficar com raiva de ter uma ideia sua rejeitada. Com a ajuda dos Looney Tunes, LeBron precisa jogar uma partida de basquete para salvar seu filho do vilão.

Antes de tudo, apesar de ser um atleta excepcional e um astro do basquete, LeBron não é ator. E isso está longe de ser um problema aqui, ele faz o possível dentro do que pode, por outro lado Cedric Joe, mesmo estando em começo de carreira, deixa muito a desejar. Já Cheadle, que já é um ator consolidado, sofre com um vilão extremamente raso e caricato, nem seu talento consegue salvá-lo. Todos o resto do elenco de apoio faz praticamente participações especiais, não mudando em absolutamente nada na trama.

A primeira metade do longa foca na relação do protagonista com sua família e sua entrada no mundo virtual da Warner, que serve basicamente só pro estúdio se auto referenciar e mostrar várias das suas propriedades intelectuais. Mesmo que tenha uma ou outra cena legal, soa vazio. Os próprios Looney Tunes não são aproveitados na sua totalidade, a grande cena em animação 2D estão presentes apenas Pernalonga e Lebron, e mesmo depois que eles se unem poucos tem algum tipo de destaque.

A segunda metade, focada no grande jogo onde os Looney Tunes viram 3D, é bastante bonita, mas é só isso. Um belo uso de computação gráfica num jogo sem nenhum grande momento, que novamente serve mais pro público ficar procurando personagens ao fundo que qualquer outra coisa. O filme também faz referências ao primeiro filme, mas são todas muito sutis, como se quisesse manter a maior distancia possível ao invés de abraçá-lo.

Space Jam: Um Novo Legado, não deixa legado nenhum, num filme sem coração, mais preocupado com a parte técnica do que com o roteiro, tornando-o totalmente esquecível.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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