Baseado nos livros infantis de Bernard Waber, Lilo, Lilo Crododilo traz uma fábula moderna para toda família, cheia de carisma e música.
Na trama, a família Primm se muda para Nova York e seu filho Josh (Winslow Fegley) luta para se adaptar à nova escola e aos novos amigos. Tudo muda quando ele descobre Lilo (voz original de Shawn Mendes), um crocodilo cantor do antigo proprietário que mora no sótão da casa.
Antes de qualquer coisa é necessário avisar que a versão do filme apresentada para imprensa, disponibilizada pela Sony Pictures era dublada, e em apenas algum momentos era possível ouvir a voz original de Shawn Mendes cantando. Dito isso, a dublagem e adaptação das músicas originais é muito boa. O filme conta com 4 grandes números musicais, e uma que outra rápida repetição da canção principal, e todas são de fato muito divertidas e se integram com a história de forma orgânica, essencial se tratando de um musical, e realmente me deixou com vontade de procurar as originais e ouvir novamente. O fato de não haver tantos números musicais também ajudam a não deixar a experiência cansativa, ou se você gosta de musicais, talvez fique querendo mais.
O elenco de apoio com Constance Wu, Scoot McNairy, Brett Gelman é muito competente, mas Javier Bardem simplesmente rouba a cena toda vez que aparece como e excêntrico e espalhafatoso Hector P. Valenti, que descobre o talento de Lilo e o adota. Ele canta, dança, sapateia, faz mágica, e se entrega totalmente ao papel, é nítido perceber que ele se divertiu muito fazendo algo mais descontraído e caricato.
O maior problema é o jovem Fegley, que não chega ser horrível, mas que consegue ter menos carisma que o crocodilo de CGI. E falando no CGI, o Lilo é até bem feito e não incomoda na maior parte do tempo, embora algumas cenas deixe a desejar, mas o gato do vizinho, também em CGI principalmente nas feições é algo meio bizarro.
O roteiro é bem simples e previsível, e o medo de palco de Lilo poderia ter sido contornado justamente com alguma gravação para internet, como o TikTok genérico apresentado logo no início do filme, mas essa adaptação para os dias atuais parece ter se perdido (lembrando que o livro é originalmente dos anos 60).
Mesmo assim, Lilo é extremamente simpático e consegue cativar, principalmente por conta de suas boas músicas e é uma ótima opção no estilo Sessão da Tarde para toda família.
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