Desde a vitória de Parasita (2019) no Oscar, e do sucesso de k-dramas nos serviços de streaming, parece que há uma procura maior por conteúdo audiovisual sul-coreano pelo público geral ocidental. Graças a essa demanda vemos um filme como Força Bruta chegar aos cinemas brasileiros.
Na trama, a Unidade Policial de Crimes de Geumcheon, na Coreia do Sul, tem uma nova missão: repatriar um fugitivo que está no Vietnã. O policial Ma Seok-do (Ma Dong-seok ou Don Lee como é mais conhecido no Ocidente) e o Capitão Jeon Il-man (Guy-hwa Choi) percebem que há algo de estranho com o excesso de boa vontade do suspeito em se entregar e revelar crimes cometidos por um assustador assassino chamado Hae-sang (Sukku Son). Ma e sua equipe começam a investigação nos dois países seguindo a trilha sangrenta deixada por Sang.
O grande atrativo do filme é Don Lee, que recentemente esteve em Eternos, como o policial durão que usa de métodos brutos para conseguir o que quer. O longa consegue aliviar esses métodos escusos do policial sempre com uma dose de humor.
Apesar dele não ser um cara extremamente habilidoso ou ágil, ele se mostra bastante capaz de ser porradeiro, quase um One-Punch Man, derrubando seus adversários com um soco na maioria das vezes. As cenas de ação são bem legais, você consegue sentir o peso de cada pancada desferida, de cada vidro espatifando, sem nenhuma cerimônia, pancadaria franca.
É bem verdade que se os bandidos resolvessem usar armas ao invés de facões ou machadinhas a brincadeira acabaria rapidamente. Há apenas uma cena em que tentam usar uma arma de fogo contra Ma, e novamente o tom cômico tira qualquer peso da cena.
Existem várias decisões questionáveis quanto aos métodos empregados pela polícia sul-coreana, mas esse está longe de ser o real foco do filme, que entrega uma boa ação e um protagonista carismático, que não deixa a desejar pra nenhum filme do gênero feito nos EUA.
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