Tom Hanks é provavelmente um dos atores mais simpáticos de Hollywood, e esse é justamente um dos trunfos de O Pior Vizinho do Mundo, mesmo seu personagem sendo uma pessoa extremamente rabugenta e difícil de lidar.

Na trama, Otto (Hanks) é um velho aposentado, viúvo e mal-humorado que leva uma vida amargurada. Mas justo quando ele desiste de viver, novos vizinhos chegam e surge uma amizade inesperada. O longa é baseado no livro Um Homem Chamado Ove, do autor sueco Fredrik Backman, que também ganhou uma adaptação cinematográfica sueca em 2015.

Apesar de ter bons momentos cômicos, o filme realmente tem um tom bastante melancólico em diversos momentos, isso porque o principal tema do longa é sobre luto. Otto não vê mais sentido em sua vida após a morte de sua esposa, e é apenas com a chegada de seus novos vizinhos Marisol (Mariana Treviño), Tommy (Manuel Garcia-Rulfo) e suas filhas (Christiana Montoya e Alessandra Perez) que ele começa a mudar seus hábitos, primeiro pelo força do ódio, depois por realmente simpatizar com eles.

Apesar de sabermos exatamente como tudo vai proceder, a mudança de seu estado emocional é gradual, e intercalada com cenas de flashback de um jovem Otto (Truman Hanks) e sua futura esposa Sonya (Rachel Keller).

Esse é tipo de filme que vai mexer diferente com você dependendo da sua própria bagagem emocional. Quem já teve algum tipo de experiência parecida com certeza vai se conectar muito mais com a história.

Sendo está versão um remake, é possível imaginar que o filme original deva ter um tom talvez mais ácido e absurdo, dadas as situações que vemos aqui, o que deixa a curiosidade para buscar a obra, e tabém o livro. Mas de qualquer forma, este é um bom exemplo do clichê bem executado, que sem dúvida alguma vale muito a pena pra quem é fã de Hanks e de histórias comoventes no geral.

Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram, e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.

  3.5

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.