PUBLICADO EM 19/04/2023

A Morte do Demônio: A Ascensão

 

A Morte do Demônio: A Ascensão

A Morte do Demônio é sem dúvidas uma das franquias de terror mais legais que existem, seja pelo seu início calcado no cinema independente, seu estilo muitas vezes nonsense e pela capacidade de reinvenção a cada nova entrada, sem se importar muito com continuidade ou progressão de história, apenas exercitando a criatividade com muito sangue e situações bizarras.

Na trama do novo longa, Beth (Lily Sullivan) visita sua irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que está criando 3 filhos (Morgan Davies, Gabrielle Echols e Nell Fisher) em um apartamento apertado em Los Angeles. Sua reunião é encurtada quando um dos jovens encontra um livro demoníaco e liberta um mal antigo.

A Morte do Demônio: A Ascensão tem vários tópicos preenchidos para se enquadrar dentro desse mesmo universo criado por Sam Raimi e Bruce Campbell, mas mesmo assim consegue ter uma identidade própria. A começar pelo cenário que é majoritariamente urbano, dentro de um apartamento, a cabana aparece no início mais como uma homenagem.

Outro ponto de ruptura com os anteriores é que parte do elenco principal é composto por crianças, e não jovens adultos. A princípio parece que isso pode amenizar os acontecimentos, afinal ninguém seria tão cruel ao ponto de fazer elas passarem por coisas tão pesadas, mas ledo engano, o demônio simplesmente não se importa com a idade aparentemente.

O último filme da franquia lançado em 2013, que soava mais como uma reimaginção do primeiro, inclusive com um tom mas sério, já tinha momentos bem gore, que também já existiam nos outros, mas que ficavam perdido a outras cenas de comédia e nonsense. Já esse é ainda mais grotesco e nojento, alé do sangue tem outros fluídos corporais sendo ejetados e cenas realmente angustiantes, que podem fazer os mais sensíveis virar o rosto.

O diretor e roteirista Lee Cronin faz um ótimo trabalho nas movimentações não naturais do demônio, em alguns ângulos inusitados e até mesmo na construção da tensão antes das coisa de fato desandarem.

Alyssa Sutherland e Lily Sullivan são gratas surpresas, a primeira com uma ótima performance da entidade demoníaca com ajuda da maquiagem impecável e a segunda que aos poucos vai ganhando presença e no final é possível ver ali um vislumbre do nosso querido Ash.

O longa termina com a empolgação lá no alto e é impossível não querer uma continuação, e particularmente eu adoraria ver algo nos moldes de Uma Noite Alucinante 2 (Evil Dead II de 1987), com elenco e diretor livres para pirar, viajando entre o terror e a galhofa.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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