PUBLICADO EM 28/09/2023

Jogos Mortais X

 

Jogos Mortais X

Jogos Mortais chega a sua décima entrada na franquia, ainda tendo como seu maior destaque o primeiro filme, lá em 2004, chocando a audiência com seu alto teor de violência e sadismo, claro dentro de um circuito mais mainstream. Depois de tanto tempo era de se esperar que fosse tentado algo novo, mas parece que os envolvidos queriam apenas voltar para o básico.

Ambientado entre os eventos do primeiro e segundo longa, John Kramer  (Tobin Bell) – doente e desesperado – viaja para o México em busca de um procedimento experimental e uma cura milagrosa para seu câncer – apenas para descobrir que toda a operação é na verdade um golpe para fraudar os mais vulneráveis.

O que sempre chamou a atenção na franquia foram os jogos macabros, as vezes muito inventivos, as vezes simples mas com muito gore. Parece que a criatividade acabou, pois nenhum dos jogos apresentados no novo filme é marcante, parece até que eles se repetem no mesmo filme. Como exemplo, uma pessoa presa que precisa tirar alguma parte do corpo antes do tempo acabar. Já vimos isso antes, algumas vezes.

Apesar de toda a sanguinolência explicita, algo que sempre envolveu os melhores filmes da franquia foi o suspense e o mistério de saber porque essas pessoas estão sofrendo essas consequências? Qual é o objetivo do Jigsaw desta vez? Nos já sabemos isso desde o princípio, ele quer apenas vingança por ter levado um golpe. Um golpe muito do meia boca onde as pessoas nem se dão o trabalho de usar nomes falsos.

No final ainda temos um suposto plot twist, onde percebemos que Kramer é mais preparado que o Batman e está dois passos a frente dos demais, já sabendo que seria preso e orquestrando uma armadilha justamente caso isso se concretizasse.

Mas o pior ainda fica para cena final, breguíssima, com nossos “heróis” caminhando contra a luz, como se ascendessem ao reino dos céus, com direito a salvamento de criança inocente e tudo, mesmo tendo cometido as piores atrocidades meia hora atrás.

Provavelmente o fracasso que foi Espiral – O Legado dos Jogos Mortais, fizeram os produtores voltarem novamente para esta mesma fórmula batida, mas o resultado conseguiu sair pior que a encomenda, está na hora de colocar a franquia pra descansar por um bom tempo.

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  1.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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