Tá Escrito é o novo filme protagonizado por Larissa Manoela, um fenômeno entre os jovens, que curiosamente ficou seis anos sem nenhum lançamento nos cinemas, seus projetos mais recentes foram direto para TV ou Netflix. Na direção temos Matheus Souza, que tem no currículos filmes que dialogam justamente com jovens adultos, de uma forma muito eficiente na maioria das vezes, logo esta é uma combinação muito promissora.
Na trama, Alice é uma astrônoma que, não conseguindo oportunidades satisfatórias na área, aceita se tornar uma influencer de astrologia. Ela então recebe um livro misterioso em que tudo o que ela escreve sobre a personalidades dos signos se torna realidade.
A trama é bem simples e qualquer um que passou mais de uma semana assistindo a Sessão da Tarde, deve ter esbarrado com algo parecido, algumas vezes inclusive. Mas isso não é de forma alguma um demérito, justamente por já termos visto essa fórmula em tantos filmes, ficamos numa zona de conforto, mas com aquele toque brasileiro e moderno, essencial para nos manter interessados. E o mais importante, o filme é consciente disso, e pelo menos executa-a de forma muito competente.
Os dois principais assuntos do filme são signos e influencers, e combina as duas coisas para brincar com o quanto podemos ser influenciados pelas duas coisas, um assunto que com certeza chama a atenção do público alvo.
Larissa está muito confortável no papel e tem bastante carisma, e até se solta mais no âmbito da comédia, principalmente ao lado de Victor Lamoglia, coadjuvante com maior destaque. Karine Teles e Kevin Vechiatto, como a mãe e irmão da protagonista, também mandam bem, até com atuações um intencionalmente caricatas, que servem ao propósito, mas que passam a ideia de uma família real, que tem suas divergências mas no fundo se amam do jeito que são.
O tom do humor realmente me agradou, pois não tem medo de ser extremamente bobo quando necessário, e fazer boas referências a cultura pop, como já de costuma do diretor, que também escreve o roteiro ao lado de Thuany Parente e Mariana Zatz.
Talvez esse seja o filme mais redondo de Matheus Souza, ou pelo menos o que entregue melhor a sua proposta inicial, e sem dúvidas vai conseguir conversar com seu público alvo.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
