PUBLICADO EM 02/02/2024

Baghead – A Bruxa dos Mortos

 

Baghead – A Bruxa dos Mortos

Baghead – A Bruxa dos Mortos é mais um exemplo de curta metragem de terror que se expandiu para um longa metragem, assim como no caso de Mergulho Noturno. E novamente o resultado não é nem um pouco satisfatório.

Após o falecimento de seu pai, Iris (Freya Allan) herda um antigo bar e se depara com um segredo obscuro: o local abriga uma entidade capaz de incorporar os mortos. Tentada a explorar os poderes da criatura e ajudar pessoas desesperadas em troca de dinheiro, Iris mergulha em um terreno perigoso.

Logo de cara já preciso fazer um questionamento: quando a protagonista aceita assumir o local de seu pai, ela assina um documento que a deixa vinculada com o estabelecimento e a entidade que nele vive, e o objetivo desta entidade é sair do porão e tocar o terror por ai. A pergunta que fica é: porque ela não fez isso no intervalo de tempo entre a morte do antigo proprietário e a filha dele chegar no local???

Entre ela receber a notícia do falecimento do pai, ir até o local e decidir assumi-lo, se passam pelo menos 72h, tempo suficiente para bruxa sair do porão tranquilíssima e parar de ter seu dom explorado.

Infelizmente temos que ignorar isso para seguir em frente e ver Iris tomar as decisões mais burras possíveis. Sem falar que são estabelecidas diversas regras para lidar com a bruxa e nunca elas são cumpridas, até ai tudo bem, pois poderiam ter alguma consequência, mas não, as regras são quebradas e o impacto é quase nulo. Por exemplo, é dito que de jeito nenhum se deve entram no buraco onde a bruxa vive e em determinado momento Iris entra lá e depois de tomar uns sustinhos consegue sair sem grandes prejuízos.

Um dos poucos méritos do filme é nos fazer torcer pra bruxa, principalmente quando descobrimos a história de origem dela. A verdade é que se ela levasse o documento assinado comprovando que é contratada do estabelecimento e mostrasse as condições insalubres que ela é submetida qualquer tribunal daria causa ganha para Baghead. Inclusive se o filme fosse levado para essa vertente seria muito mais interessante.

O final ainda guarda algumas surpresas não tão surpreendentes, evidenciando a vontade de estabelecer uma nova franquia de terror, que dessa vez podemos dormir a noite tranquilos, sabendo que com quase total certeza que não vai acontecer.

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  1.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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