Baghead – A Bruxa dos Mortos é mais um exemplo de curta metragem de terror que se expandiu para um longa metragem, assim como no caso de Mergulho Noturno. E novamente o resultado não é nem um pouco satisfatório.
Após o falecimento de seu pai, Iris (Freya Allan) herda um antigo bar e se depara com um segredo obscuro: o local abriga uma entidade capaz de incorporar os mortos. Tentada a explorar os poderes da criatura e ajudar pessoas desesperadas em troca de dinheiro, Iris mergulha em um terreno perigoso.
Logo de cara já preciso fazer um questionamento: quando a protagonista aceita assumir o local de seu pai, ela assina um documento que a deixa vinculada com o estabelecimento e a entidade que nele vive, e o objetivo desta entidade é sair do porão e tocar o terror por ai. A pergunta que fica é: porque ela não fez isso no intervalo de tempo entre a morte do antigo proprietário e a filha dele chegar no local???
Entre ela receber a notícia do falecimento do pai, ir até o local e decidir assumi-lo, se passam pelo menos 72h, tempo suficiente para bruxa sair do porão tranquilíssima e parar de ter seu dom explorado.
Infelizmente temos que ignorar isso para seguir em frente e ver Iris tomar as decisões mais burras possíveis. Sem falar que são estabelecidas diversas regras para lidar com a bruxa e nunca elas são cumpridas, até ai tudo bem, pois poderiam ter alguma consequência, mas não, as regras são quebradas e o impacto é quase nulo. Por exemplo, é dito que de jeito nenhum se deve entram no buraco onde a bruxa vive e em determinado momento Iris entra lá e depois de tomar uns sustinhos consegue sair sem grandes prejuízos.
Um dos poucos méritos do filme é nos fazer torcer pra bruxa, principalmente quando descobrimos a história de origem dela. A verdade é que se ela levasse o documento assinado comprovando que é contratada do estabelecimento e mostrasse as condições insalubres que ela é submetida qualquer tribunal daria causa ganha para Baghead. Inclusive se o filme fosse levado para essa vertente seria muito mais interessante.
O final ainda guarda algumas surpresas não tão surpreendentes, evidenciando a vontade de estabelecer uma nova franquia de terror, que dessa vez podemos dormir a noite tranquilos, sabendo que com quase total certeza que não vai acontecer.
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