Ursinho Pooh: Sangue e Mel (2023) foi uma das jogadas mais certeiras em termos de marketing, os desenvolvedores aproveitaram que o primeiro livro do personagem entrou em domínio público e não perderam tempo em fazer um filme, que é horrível, beirando totalmente o amadorismo, e mesmo assim conseguiu grande repercussão e retorno financeiro, já que custou muito pouco para ser feito. Como podemos ver, uma sequência foi encomendada e dizer que as expectativas eram baixas, seria ser até generoso.
Na trama, em uma cidade assombrada por um passado sangrento, Christopher Robin (Scott Chambers) luta para superar os traumas deixados pelos terríveis assassinatos na floresta dos 100 acres.
Vamos logo tirar o esparadrapo: a sequência pode ser considerado um bom filme? Questionável. Podemos considerar melhor que o primeiro? Sem sombras de dúvida, mas não que isso signifique muita coisa. A princípio notamos que houve um “recast” no personagem principal e surpreendentemente, existe um bom motivo pra isso, que não é entregado logo de cara, mas ao longo da trama. Sim, existe uma trama! É até notável perceber o esforço de Chambers em dar profundidade para seu Christopher Robin.
Outro upgrade notável são os designs das máscaras de personagens, algo muito importante no gênero slasher. O fato de não parecer uma máscara de borracha comprada numa loja infantil já é um vitória. Uma pena que o Tigrão, fica muito parecido com Pooh, ainda mais mas cenas que se passam geralmente a noite.
Muito sangue falso, muitas mortes toscas e cenas que podem causar risos involuntários na audiência, mas existem outros momentos em que o diretor Rhys Frake-Waterfield sabe rir de si mesmo e gera risadas genuínas. É o típico filme pra reunir a galera e rir de alguns absurdos.
Mesmo com essas clara melhorias, Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2 ainda precisa caminhar muito pra ter alguma relevância dentro do gênero além dos memes, mas é inegável que é um projeto ousado, tanto quanto é absurdo, expandir esse universo nos mesmo moldes da Marvel.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
