É Assim Que Acaba é adaptação cinematográfica do livro de sucesso escrito por Colleen Hoover, que conta com uma forte mensagem envolta em vários clichês, diálogos sofríveis, e muito pouco que se possa aproveitar em termos de cinema.
Na trama Lily Bloom (Blake Lively) é uma mulher que, após eventos traumáticos na infância, decide começar uma nova vida em Boston e tentar abrir o seu próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro com Ryle (Justin Baldoni), um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor e uma ligação com seu passado, retorna para a vida de Lily, abalando todas as certezas.
Em termos de estrutura, podemos perceber a dificuldade de transformar coisas que provavelmente nos livros mas que não em o mesmo efeito na tela grande, como por exemplo os extensos flashbacks, que aparecem de forma meio aleatória. E também as grandes passagens de tempo entre situações chave da história, que tem como único intuito aparente fazer com que barrigas cresçam e bebês nasçam.
A história é basicamente uma grande fanfic que idealiza o amor e o homem perfeito, claro que se ela fosse uma adolescente, como aparece nos flashbacks, seria algo mais compreensível, mas uma mulher nos seus 30 e poucos anos soa apenas algo meio bobo. As cenas mais eróticas também dão um ar meio adolescente a produção, pois nunca nada é mostrado devido a classificação indicativa. Mesmo que a própria protagonista diga em determinado momento do filme “O que é isso? Está parecendo um filme pornô!” é muito mais uma idealização do sexo, o que ele em si, sem falar que de fato as cenas em si lembram mesmo um pornozão, sem qualquer critério mais elevado ou coisa do tipo.
E tudo isso é dito com muito pesar no coração, pois de fato a mensagem final que o filme passa é muito importante, mas ela acaba sendo muito maior que o filme, que é fraco. A parte da comédia romântica é totalmente previsível, o drama é arrastado se assemelha muito mais a uma novela do que qualquer outra coisa.
Com certeza o público que já conhece, e possivelmente gosta do livro, deve achar uma adaptação descente, mas sem nenhuma surpresa ou grande valor técnico.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
