Com os super-heróis clássicos de quadrinhos em crise, os estúdios cada vez mais se voltam para as adaptações de videogame, obtendo resultados muito satisfatórios como no caso de Sonic, Super Mario Bros. e na tv com The Last of Us e Fallout, por exemplo. Borderlands: O Destino do Universo é a tentativa da Lionsgate de emplacar sua própria franquia baseada num jogo de muito sucesso.
Na trama acompanhamos Lilith (Cate Blanchett), uma infame caçadora de recompensas com um passado misterioso, que retorna para o lugar onde cresceu, Pandora, o planeta mais caótico da galáxia. Sua missão é encontrar a filha desaparecida de homem mais poderoso do universo, Atlas (Edgar Ramírez). Lilith forma uma aliança inesperada com uma equipe de desajustados para descobrir um dos segredos mais explosivos de Pandora.
Além de Blanchett há outros grandes nomes no elenco como Jamie Lee Curtis, Kevin Hart e a voz de Jack Black, mas a verdade é que nenhum dos personagens é carismático, empolgante ou até mesmo detestável, nem o vilão. Todos ficam num limbo de esquecíveis. A jovem Ariana Greenblatt, até tenta, mas sua personagem cute but psycho está mais próxima de irritante do que qualquer outra coisa. É como assistir uma banda cover dos Guardiões da Galáxia, que tem muita dificuldade de acertar as notas dos instrumentos.
A ambientação do mundo, que poderia ser um diferencial, também acaba ficando totalmente genérica, algo entre um Fallout e Mad Max, mas sem nada de especial ou marcante, nenhum design particularmente inspirado. Até a tropa de elite que tenta botar ordem no planeta parecem só stormtroopers pintados de vermelho.
Quantos aos efeitos especiais, alguns são competentes, mas em outros momentos a tela verde salta aos olhos de forma absurda, realmente se assemelhando a gráficos de videogame, principalmente mais no final do filme, e isso de forma alguma é um elogio.
A história é simples e totalmente previsível, mas poderia ser pelo menos divertida, ou ter algumas grandes cenas de ação, mas nada, absolutamente nada consegue se destacar na produção. Pior que ser um filme ruim, Borderlands é um filme ensosso, sem graça nenhuma e genérico, desprovido completamente de carisma, um feito e tanto pra algo cheio de tiros, cores e explosões.
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