PUBLICADO EM 02/07/2021

A Guerra do Amanhã

 

A Guerra do Amanhã

A Guerra do Amanhã, filme originalmente da Paramount e vendido para Amazon estrelado por Chris Pratt, chega cheio de boas intenções tentando revitalizar o típico filme de exército de um homem só, tão famosos nos anos 80 e 90, mas acaba apenas soando ultrapassado.

Na trama, o mundo fica chocado quando um grupo de viajantes do tempo chega para entregar uma mensagem urgente: Trinta anos no futuro, a humanidade está perdendo uma guerra global contra uma espécie alienígena mortal. A única esperança de sobrevivência é que os soldados e civis do presente sejam transportados para o futuro e se juntem à luta.

Apesar da premissa interessante, quando você para pra pensar ela não se sustenta por muito tempo. Veja bem, se uma sociedade 30 anos mais evoluída, e que consegue desenvolver tecnologia para viajar no tempo não está conseguindo ganhar a guerra, porque levar civis, que eu sua massiva maioria não tem nenhum tipo de preparo, irá ajudar?? E esse tipo de questionamento pode ser feito em várias outras situações do filme.

Em vários momentos o longa tenta mostrar a importância da ciência para vencer a guerra, mas isso acaba sendo apenas da boca pra fora, pois em todos os momentos decisivos, a resolução é na bala. Inclusive o viés conservador norte-americano não é nem um pouco sútil, ao exaltar o exército de todas as formas possíveis, a desconfiança no governo fazendo as pessoas tendo que defender a si próprias, etc… Existe aqui e ali alguma crítica a guerra mas são bastante tímidas.

Falando sobre o elenco, os coadjuvantes não tem tanto o que fazer, mas vale o destaque para Yvonne Strahovski. O filme é feito para Pratt ser o herói, e ele já mostrou em outras situações que é muito competente na ação e comédia, mas quando é exigido na parte dramática deixa muito a desejar.

Os efeitos especiais são em sua maioria bons, mas é nítido a falta de capricho em determinas cenas, principalmente a grande luta final, que deveria ser a mais grandiosa e causar impacto. Os aliens tem um design até interessante, mas são pouquíssimos explorados como criaturas, eles não tem grandes características ou algo que os torne um adversário especial, a não ser sua ferocidade e quantidade elevada.

O final é bastante previsível e ainda conta com uma narração em off claramente inserida posteriormente para ajudar a audiência mais desatenta a entender o que aconteceu. A Guerra do Amanhã parece um filme bastante datado saído de 30 anos atrás usando o próprio buraco de minhoca que criou.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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