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A Repartição do Tempo é bem inspirado nos anos 80s, o longa se passa em Brasília e gira em torno do REPI (Registro de Patentes e Invenções), um escritório cheio de burocracia e funcionários preguiçosos. Na trama o inventor e cientista Dr. Brasil aparece no Registro de Patentes e Invenções para catalogar sua nova invenção, uma peculiar maquina do tempo, o chefe psicótico do departamento resolve usufruir do equipamento ao ver um de seus funcionários duplicar seus colegas acidentalmente, ele tenta usar o ocorrido para aumentar a produtividade de sua equipe.

O filme que já participou e levou o 49º Festival de Brasília em 2016 e chega aos cinemas quase dois anos depois, com estreia dia 25 de janeiro de 2018, pela O2play.

Um filme de ficção com comedia, a sinopse do filme te leva imediatamente a um clássico do cinema De Volta para o Futuro por se tratar de viajem no tempo, porem o filme é completamente diferente, e acabou por algum motivo me lembrando um pouco o estilo de Goonies. Com um humor bem afiado o filme e um ótima pedida para aliviar o stress, com um sarcasmo muito bem implantado quase que no filme todo.

O filme leva a sátira da famosa fama do funcionário publico que faz de tudo, menos trabalhar, ainda mais tendo Brasília como sede logo voltamos o olhar ao sistema politico brasileiro cheio de regalias, burocracia e a falta de compromisso, só de ver tudo isso já ficamos familiarizados com o filme, pois essa é a principal premissa, te levar a esse ambiente, mas acaba te entregando uma sensação estranha já que os personagem são extremamente cativantes e volta o seu olhar ao “sistema” vendo esse sim como verdadeiro culpado pela postura dos funcionários.

Analisando os pontos mais técnicos, o roteiro do filme A Repartição do Tempo é bem fraco, quanto as ambições de um “vilão” que seria o chefe do departamento e as tentativas teóricas de explicar uma viagem no tempo, as atuações em conjunto sempre funcionando muito bem para as trocas de piadas e tiradas, as atuações são bem caricatas é algo do look do filme e eu gostei disso, deixa o filme mais leve e deixa a diversão fluir, um destaque para atuação de Edu Moraes (Jonas).

Consegui reparar bons planos de câmera, cenários bem feitos, mas em alguns momentos se mostra meio “fake” um cenário montado e não uma locação real. A edição é muito boa e a correção de cor deu um toque especial a imagem, me chamou atenção o lado estético do filme, quanto a parte de efeitos sonoros e trilhas, um setlist de dar inveja com boas músicas e tudo redondo, acredito que em um conceito geral o filme alcançou um ótimo resultado.

O filme vale a ida ao cinema, pois de forma bem humorada tenta trazer um novo gênero implantado a um filme de comedia aqui no Brasil.

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SOBRE O AUTOR

Adriano Novaes

Salve, salve sejam bem vindos a essa embarcação que vai rumo ao horizonte da cultura pop !