A dupla de diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett vem consolidando os seus nomes no terror moderno desde Casamento Sangrento (2019) e passando pelo ressurgimento da franquia Pânico com os filmes lançados em 2022 e 2023. Agora eles entram de cabeça numa trama que mistura não só o slasher mas também o sobrenatural.
Um grupo de criminosos sequestra uma bailarina de doze anos, e tudo o que eles precisam fazer para coletar um resgate de US$ 50 milhões é observar a garota durante uma noite. Em uma mansão isolada, os raptores começam a sumir, um por um, e descobrem, que as coisas não são exatamente o que eles parecem.
Os diretores criam um certo mistério no começo do filme sobre quem seria o pai da menina sequestrada e o do porque das pessoas estarem morrendo, mas é totalmente desnecessário pois em todos os materiais promocionais, desde imagens, cartazes e trailers é mostrado que a garota é uma vampira e mesmo se alguém chegue totalmente desavisado, não é muito difícil adivinhar que só pode ser uma armadilha e eles estão presos com ela, e não o contrário.
Há alguns paralelos que podem ser feitos com Casamento Sangrento, como o espaço delimitado numa mansão, pessoas cassando umas as outras, um toque de humor e sangue, muito sangue como era de se esperar, mas os personagens aqui são mais interessantes, com atores mais talentosos também. Claro o elemento sobrenatural faz toda a diferença. A figura do vampiro que eles emulam é uma mais monstruosa, e menos sedutora, se aproximando mais de um Nosferatu do que um Drácula, por exemplo.
O fato de explorarem mis este aspecto animalesco do vampiro torna complicado acreditar que ela teria tanta dificuldade em acabar com aquele pessoal, mas como é dito mais de uma vez, ela está apenas brincando com eles, se divertindo, afinal de contas, é apenas um criança. Em determinado momento é difícil saber quem vai sobreviver, ou se alguém vai conseguir esta proeza, o que aumenta o teor de imprevisibilidade. Mas as dicas estão lá e não chega a ser uma grande surpresa o desfecho, mas a forma como é conduzido é bem feita pelo menos.
O fato dela ser bailarina não implica em nada além da estética dos movimentos basicamente e de como parece ser mais descolada que um vampiro comum. Abigail é um terror bastante honesto, que depois que pega no tranco se desenvolve de maneira bastante agradável e instigante. Um filme que no fim das contas diverte quem gosta do gênero, sem se levar tanto a sério.
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