Acompanhante Perfeita é um suspense/terror que levanta a curiosidade por ser do mesmo produtor de Noites Brutais (2002), uma ótima surpresa na época de seu lançamento, dando um frescor necessário ao gênero.
A trama se passa durante um fim de semana em uma casa de campo luxuosa, onde Iris (Sophie Thatcher) e Josh (Jack Quaid), um casal apaixonado, decidem se afastar do tumulto da cidade para relaxar com alguns amigos. No entanto, o que começa como uma escapada romântica logo se transforma em um thriller quando eventos perturbadores começam a ocorrer.
Essa descrição meio vaga e sem muitos detalhes é bastante importante, por que este é o típico filme que quanto menos o público souber melhor, se possível evite trailers e qualquer outro material disponível, pois é muito mais satisfatório ir tentando adivinhar o que pode estar acontecendo se surpreender com determinadas coisas na hora que está assistindo.
Evidentemente o longa não pode e nem precisa se sustentar apenas por essas surpresas, o conceito é muito bacana e bem executado, e tem um subtexto muito interessante sobre relacionamentos tóxicos. Os dois atores principais são muito carismáticos e o elenco de apoio a princípio parece estar ali apenas para fazer número, acaba tendo real importância para trama.
É como assistir um episódio mais robusto de Black Mirror, onde há uma mistura de comédia romântica com terror slasher e no meio disso tudo temos algumas boas reflexões sobre as relações interpessoais contemporâneas.
Há um certo cinismo e pessimismo na ótica como o diretor e roteirista Drew Hancock, que estreia em longas metragens, nos mostra os temas abordados, mas isso também é um sinal dos tempos atuais, onde querer viver um conto de fadas é pedir para se decepcionar. Mas o filme é muito competente e entretém com aquilo que se propõem, ótima pedida para fugir da mesmice.
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