A história de Christian Grey e Anastasia Steele chegou ao fim, e é um alívio. Cinquenta Tons de Liberdade como obra cinematográfica, ou como a tentativa de uma, é novamente péssima, não podemos falar na qualidade técnica das gravações, atuações e edição e tudo mais, o problema esta no roteiro.
Por mais que o livro seja muito bem construído, a adaptação da trilogia para o cinema foi fraca, o roteiro é largado e raramente apresenta alguma lógica em Cinquenta Tons de Liberdade, não vem com nenhum suspense, nenhuma emoção, apostando apenas em cenas de sexo que Emanuelle do extinto Cine Band Privé fazia muito melhor, o climax fica para duas cenas de perseguição a lá “Velozes e Furiosos” mas elas duram pouquíssimos minutos.
A história novelesca vende para o espectador alguns momentos de um romance utópico da burguesia, com mansões, rios de dinheiro, jatinho particular, vestidos e jóias caras, carros de luxos e tudo o que uma parcela pequena da sociedade pode comprar.
O filme inicia com a cena do casamento, mas nenhuma atenção é dada a cerimônia, não há declarações, frases ou cenas marcantes. Ela ocorre muito rapidamente, dura segundos, o que é no mínimo estranho, já que o filme anterior (Cinquenta Tons mais Escuros) termina com o pedido de noivado e a cena de casamento seria um gancho de conexão entre os dois filmes.
Cinquenta Tons de Liberdade consegue pelo menos ser o menos pior dos três, mas não é suficiente. porém não posso aviar apenas o roteiro do filme, já que existe tudo uma produção por trás, Dakota Johnson executa seu papel muito bem, sendo a melhor atuação dela na trilogia, mesmo o filme sendo rodado junto com a segunda parte, a personagem dela cresce no filme o que há torna mais atraente para o público.
A qualidade das locações onde foram rodadas o longa, a estética de cor e edição são de bom gosto o filme é leve e fluido, todo o ambiente criado ao redor do roteiro fez com que sua fraqueza fosse relevada, a trilha sonora é okay, já foi melhor nos anteriores mas não é algo dentro do esperado.
Cinquenta Tons de Liberdade só acerta em não sentir vergonha de ser brega, um brega até que interessante em sua roupagem, mas que no fundo deixou a desejar.
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