PUBLICADO EM 10/01/2023

I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston

 

I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston

Whitney Houston é uma das maiores cantoras de todos os tempos, consagrada pelo sua extensão vocal e seus diversos records nas paradas de sucesso e de vendas. Como não poderia deixar de ser, há inúmeros momentos conturbados em sua vida profissional e pessoal, o que oferece os ingredientes para uma receita de sucesso para uma cinebiografia.

A trama acompanha a jovem Whitney Elizabeth Houston (Naomi Ackie) desde seu começo de carreira cantando na igreja e como backing vocal de sua mãe Cissy Houston (Tamara Tunie), até conhecer o produtor Clive Davis (Stanley Tucci), que ajuda a transformá-la numa estrela do mundo da música.

Whitney Houston: I Wanna Dance with Somebody (2022) - IMDb

A grande questão aqui, é que dado o tamanho da artista em questão, o filme parece muito acomodado, seguindo a risca todas as batidas de qualquer cinebiografia musical. Temas como a sexualidade de Whitney, dela não representar a comunidade negra em sua música ou o abuso das drogas são pontuados, mas não de forma tão contundente.

Os grandes momentos do filme são os números musicais, por motivos óbvios, e temos momentos contundentes, como o medley final e na minha modesta opinião, a primeira performance dela na casa de show na frente de seu futuro empresário. Dito isso também é possível se decepcionar com momentos como I Will Always Love You, que sendo um dos grandes hits da cantora, tem uma montagem muito fraca, intercalando momentos de seu casamento com Bobby Brown (Ashton Sanders) e diálogos que só atrapalham a canção.

Em termos de atuação Naomi Ackie está excelente, encarnando Whitney de maneira muito convincente, cantando e dublando também quando necessário. Outro destaque fica por conta do ótimo Stanley Tucci, que aparece em pontualmente, mas consegue transmitir muita calma leveza, algo até destoante quando vemos o padrão do pessoal do ramo corporativo musical.

As passagens de tempo são muito jogadas, o início de sua carreira é resolvido num estalar dedos e depois temos um apanhado dos melhores momentos de sua carreira, sem conseguir se aprofundar na complexidade de sua personagem e suas relações pessoais. O que ajuda nesta progressão entretanto são os figurinos, cabelo e maquiagem, que ajudam nesta marcação de tempo.

Numa safra recente tão grande deste estilo de filme como Rocketman, Estados Unidos vs Billie Holiday, Elvis e Bohemian Rhapsody, que inclusive tem o mesmo roteirista de I Wanna Dance with Somebody, o longa acaba apostando no seguro e caindo numa zona de conforto, que deve agradas os fãs mais fervorosos, mas não chega a altura da grandiosidade da voz de Whitney.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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