PUBLICADO EM 27/07/2021

Jolt: Fúria Fatal

 

Jolt: Fúria Fatal

Jolt: Fúria Fatal novo filme de ação lançado pelo Prime Video tem direção de Tanya Wexler, que recentemente dirigiu o divertido Como Sair de Buffalo, mas nunca havia dirigido um longa de ação, e o roteiro é do estreante Scott Wascha, e esta falta experiência na dupla fica evidente.

Na trama, Lindy (Kate Beckinsale) vive com uma condição rara: ela tem impulsos violentos esporádicos e para controlá-los ela apela para um tratamento experimental, infligindo choques em si mesma cada vez que sente os impulsos. Contrariando sua natureza incomum, ela finalmente confia em um homem (Jai Courtney) e se apaixona, mas ele morre logo em seguida. Inconformada e de coração partido, Lindy embarca em uma missão sangrenta em busca de vingança.

Passado o estranhamento com a trama, ela segue o caminho comum de vingança e violência, marca registrada de muitos filmes do gênero atualmente, e isso não seria necessariamente um problema, desde que bem executada, mas há uma falta de cuidado tanto em relação a facilitações de roteiro, como em coreografias de luta não muito inspiradas, que em se tratando de um filme de porradaria deveriam ter uma atenção especial. Há de fato algumas boas ideias, mas que são muito mal executadas.

Parece haver uma tentativa de se aproximar de Atômica, com a estética e jogo de luzes, mas Jolt fica bem abaixo, inclusive no valor de produção, cenários e locações bastante genéricos. O elenco de apoio é muito mal aproveitado, principalmente Stanley Tucci, que aparece em várias situações repetitivas. Beckinsale por sua vez está bem, mas nada que já não tenha feito diversas vezes em Anjos da Noite.

O tom de humor do filme oscila entre uma tiradinha esperta e cenas completamente absurdas, como a dos bebês, que pode te fazer questionar o bom gosto dos realizadores. O recurso de colocar uma cena bastante violenta para logo em seguida mostrar que é apenas a imaginação da protagonista se torna cansativo de tanto que é usada, inclusive tirando o peso das ações, já que quase nunca são reais.

No fim, temos um plot twist que é apenas ok, e depois uma grande deixa no melhor estilo MCU para quem sabe no futuro uma continuação e estabelecimento de franquia, que é no mínimo prepotente, visto a falta de inspiração desta produção.

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  2.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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