Looney Tunes – O Dia Que A Terra Explodiu, filme idealizado a princípio para o streaming, acabou quase sendo descartado antes de ser vendido pela Warner e conseguindo sua distribuição nos cinemas pela Ketchup Entertainment nos EUA, e no Brasil posteriormente pela Paris Filmes.
Na trama, Gaguinho e Patolino tornam-se heróis inesperados quando suas travessuras na fábrica de chicletes local revelam uma trama secreta de controle mental alienígena. Contra todas as probabilidades, os dois, juntamente com Petúnia, estão determinados a salvar a sua cidade (e o mundo!), se não enlouquecerem um ao outro na tentativa.
A animação acaba sendo uma celebração ao desenho já consagrado e marca a primeira vez que os personagens chegam com um filme totalmente em animação aos cinemas. Lembremos que filmes como Space Jam (1996) e Looney Tunes: De Volta à Ação (2003) são híbridos com live-action. E com esse status ela tem tudo o que se pode esperar de um desenho dos Looney Tunes, tanto para o positivo quanto para o negativo.
Existem piadas bobas, absurdas, humor corporal, marretas, bombas, tudo que você já viu em algum segmento do desenho na tv, isso mostra um comprometimento com o material original, mas também não acrescenta nenhuma novidade ou algo mais impactante que justifique um longa metragem. Inclusive o fato que termos onze pessoas creditadas como roteiristas mostra que o filme poderia tranquilamente ser dividido em vários segmentos isolados, como feito na tv.
Ter várias pessoas creditadas no roteiro entretanto não deixa o filme totalmente desconexo, embora o começo pareça bem mais deslocado do resto da trama. O final tem um desfecho interessante e uma boa virada de roteiro.
O fato do filme ser em 2D é reconfortante num cenário onde tudo no mainstream é dominado pelo 3D. Isso mostra aos grandes estúdios que pode e deve ter espaço para os mais variados tipos de animação. É ousado também tirar de cena o Pernalonga, seu principal personagem, e dar espaço para outros brilharem.
No fim das contas a animação cumpre o que promete, embora não traga nada de novo consegue divertir no melhor estilo do cartoon que todos já conhecem.
Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram e X antigo Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.
Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
