Os Mamonas Assassinas foram sem nenhum tipo de exagero, o maior fenômeno do Brasil entre os anos de 1995 e 1996, durante os 8 meses que a banda esteve na ativa. Sua descontração, energia e músicas realmente boas e com apelo popular, fizeram eles conquistarem público de todas as idades e serem disputados par fazer shows e aparições na tv.
A história da banda já foi contada no documentário Mamonas Para Sempre (2009), em especiais para tv e até peça num musical para o teatro, mas este é o primeiro projeto ficcional para o cinema, que infelizmente não consegue fazer jus a banda.
O filme, baseado em fatos reais, conta a história do quinteto de Guarulhos que depois de passar por algumas dificuldades teve uma ascensão meteórica, levado sua música e irreverência para todo Brasil.
Começando pela parte boa, o casting realmente é bem feito. Ruy Brissac como Dinho, Alberto Hinoto no papel de Bento, Robson Lima como Júlio Rasec, Adriano Tunes como Samuel Reoli e Rener Freitas interpretando Sergio Reoli, são bem parecidos com a banda original e as músicas foram regravadas, o dá ainda mais créditos para os atores. O problema é que os diálogos e a direção não ajudam nem um pouco.
Existem cenas que parecem terem saído de alguma paródia feita para o Youtube, mas com o agravante de todos ali estarem se levando a sério. Para completar a montagem e edição do longa é simplesmente horrível. Transições desconexas, parecendo ter sido feitas no Power Point, cenas soltas que não acrescentam em nada, mistura de cenas do cotidiano com cenas de shows sem o mínimo critério. E se tratando de um filme sobre uma banda, não existe uma montagem estilo videoclipe que empolge, e olha que músicas para isso não faltavam.
Em nenhum momento o filme consegue transmitir a alegria contagiante e sincera do grupo, praticamente nenhuma piada funciona. Por algum motivos relações românticas do grupo parecem ter mais importância do que a jornada da banda em si, como se algumas polemicas aqui e ali fossem necessárias para manter o público interessado, no melhor estilo João Kléber.
Há a recriação de apresentações ao vivo que são esteticamente bem feitas, mas a direção novamente deixa a desejar, focando apenas em alguns planos médios e um pouco mais abertos de frente para eles no palco, sempre tentando esconder a plateia e dando pouco dinamismo a apresentações.
No fim, o filme dos Mamonas Assassinas é uma grande oportunidade desperdiçada, mesmo se fizessem um feijão com arroz, simples, mas bem feito, seria uma grande satisfação acompanhar a saga dos meninos de Guarulhos que ganharam o Brasil, mas infelizmente nem isso conseguiram.
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