PUBLICADO EM 16/01/2024

Mergulho Noturno

 

Mergulho Noturno

Mergulho Noturno é a mais nova produção da Blumhouse em parceria com James Wan, dois dos principais expoentes do terror popular moderno. Há um método básico de não arriscar muito, gastar pouco e abusar dos jump scares, afim de ter um retorno seguro de bilheteria. As vezes funciona, as vezes não.

Na trama do longa, Ray Waller (Wyatt Russell) é um ex-jogador da liga principal de beisebol que foi forçado a se aposentar precocemente em função de uma doença degenerativa. Ele muda para uma nova casa com sua preocupada esposa Eve (Kerry Condon), a filha adolescente Izzy (Amélie Hoeferle) e o filho Elliot. Ray (Gavin Warren), que no fundo ainda espera, contra todas as probabilidades, voltar à liga profissional, convence Eve de que a cintilante piscina do quintal da nova casa pode ser uma diversão para as crianças e uma ótima alternativa para as sessões de fisioterapia dele. Mas um segredo sombrio do passado da casa vai desencadear uma força malévola que levará a família ao terror mais profundo e inevitável.

A direção e roteiro são de Bryce McGuire, que criou a história com Rod Blackhurst para um curta lançado em 2014, e parece justamente o que ele é, um curta interessante que não consegue se sustentar como um longa metragem. Nada do que eles tentam articular funciona, desde a mitologia pros trás dos acontecimentos sobrenaturais, das interações da família ou da motivação melodramática do protagonista.

Não existe também nenhuma cena memorável ou sequer interessante de susto. E o potencial de criar algo interessante num cenário aquático, mas sempre apela para mais do mesmo com jump scares previveis, jogando a trilha sonora lá no alto pra manipular ao máximo sua emoção.

O elenco nem chega a ser ruim, mas existe muito pouco no roteiro com o que eles possam trabalhar, chega a dar pena ver uma atriz do calibre de Kerry Condon, indicada ao Oscar ano passado pelo excepcional Os Banshees de Inisherin, perdida nisso aqui.

Em determinado momento, o filme se torna tão enfadonho, que torcer pra piscina é inevitável. Até porque se eu fosse um espirito maligno que estive tranquilo nos últimos 15 anos e do nada começassem a me encher o saco toda hora alguém vindo nadar, fazendo festinha e o escambau, perturbando minha paz, eu também ficaria muito insatisfeito.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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