Depois de três filmes principais e dois derivados dos Minions, chegamos a Meu Malvado Favorito 4 apenas para constatar algo já esperado, que a franquia se recusa a sequer tentar algo diferente daquilo que já fez.
Na trama, Gru e sua esposa Lucy recebem mais um integrante na família, Gru Jr., enquanto precisam enfrentar o novo inimigo Maxime Le Mal. E é apenas isso mesmo. Ao invés de ir para frente com a narrativa, buscando novos desafios para os personagens, novamente fazem uma espécie de retcom, buscando um inimigo do passado que nunca tínhamos visto antes, só que diferente dos anteriores este carece de carisma ou qualquer habilidade interessante.
E por mais que os filmes sempre tivessem esse caráter episódico, o carisma dos personagens conseguia segurar um pouco a atenção, mas aqui nem isso. Cada núcleo é jogado em uma direção diferente e parece que cada momento diferente estamos vendo esquetes aleatórias, que nem chegam a ser realmente interessantes ou engraçadas mesmo de forma isolada.
Peguemos de exemplo os Minions, o grande sucesso entre a criançada, a maioria deles são deixados no laboratório e cinco deles são escolhidos em um novo programa da AVL para ganhar super poderes. Uma decisão que não tem impacto nenhum na história, os poderes parecem ser escolhidos de forma aleatória e sequer geram momentos engraçados. Só servem mesmo para vender bonecos diferentes.
O Gru já tem três filhas adotivas, e sua relação com elas sempre foi o coração do filme, principalmente do primeiro, e aqui quiseram colocar mais um novo integrante a família, que inclusive lembra muito o Zezé de os Incríveis. A única coisa que é aproveitada nisso é que Gru sente muita dificuldade de cuidar de um recém nascido, com piadas sobre ele se sujar de diversas formar diferentes sendo aproveitada mais do que deveria. Também temos Poppy Prescott, uma nova personagem que acaba seguindo os passos vilanescos de Gru. Isso poderia ter rendido algo bastante interessante, mostrando o quanto Gru já está velho e realmente precisa de alguém para substituí-lo, ou numa rivalidade entre ela e suas filhas, mas nada disso se aproveita.
Inclusive, porque não usar as meninas que já estão lá para exercer essa função? Um conflito entre não querer que elas sigam o caminho da vilania ao mesmo tempo que foi isso que Gru fez por quase toda sua vida?
A resposta é clara, a franquia se recusa a evoluir. há uma repetição exaustiva da mesma fórmula que já perdeu a graça. Ninguém vai exigir algo extremamente elaborado do estúdio que nos brindou com personagens como os Minions, mas o mínimo de cuidado, vinculo emocional e uma pequena evolução, seria o bastante, mas infelizmente nada disso é encontrado aqui, infelizmente.
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