Stephen King é um autor muito prolífico e versátil, tem obras de terror como It: A Coisa e Christine, o Carro Assassino e dramas como A Espera de Um Milagre, e suas obras serem adaptadas já não são nenhuma novidade, mas em O Macaco o que chama a atenção logo de cara e a mistura inusitada dos gêneros de terror e comédia.
Na trama, dois irmãos gêmeos encontram um macaco de brinquedo que pertenceu ao seu pai. Quando percebem coisas sinistras acontecendo à sua volta, os dois se desfazem do boneco e seguem com suas vidas. Após anos afastados, eventos terríveis começam a se desdobrar e os irmãos precisam se reunir para destruir o brinquedo antes que todos que amam morram.
O diretor Osgood Perkins, que chamou a atenção ano passado com o sucesso do ótimo Longlegs – Vínculo Mortal, foge um pouco da armadilha de jogar numa zona de conforto e fazer um filme parecido com o anterior. Por mais que o terror esteja presente em ambos, é impossível levar O Macaco a sério. A trilha sonora animada e alguns cortes secos dão um tom caricato muito satisfatório ao filme.
A grande questão é que essa mistura de terror e comédia as vezes se perde, Perkins não consegue, achar muito bem um equilíbrio. Existe cenas muito legais e outras simplesmente muito estúpidas. Faltou um direcionamento mais acertado para algum dos lados.
Mas o pior de tudo é quando no meio disso um elemento emocional entre o protagonista Hal (Theo James) e seu filho Petey (Colin O’Brien) tenta ser desenvolvido. Hal mantém distância do filho com medo do que possa acontecer se ele forem muito próximos, devido a ameaça do macaco assassino. Esse esboço de um pequeno drama e reconciliação não funciona e nem casa com o restante do clima estabelecido pelo longa.
Theo James está bem interpretando o papel dos irmãos, embora vejamos majoritariamente um deles em tela, mas existem bons atores que fazem pequenas pontas e estão muito mal aproveitados, caso de Adam Scott, Elijah Wood e Tatiana Maslany, que acaba tendo uma participação um pouco maior mas sem muito impacto.
A trama também não se aprofunda muito no motivo ou no como o macaco funciona ou sequer como ele foi parar naquela família, não que essa seja a intençãoou prioridade dos realizadores, mas também não há nada que faça você se engajar muito na história, que apesar de ter seus bons momentos, não chega a encher os olhos. Pra quem gosta de um terror descompromissado com mortes meio bizarras e meio ridículas deve ser suficiente para se entreter.
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