PUBLICADO EM 25/02/2025

O Macaco

 

O Macaco

Stephen King é um autor muito prolífico e versátil, tem obras de terror como It: A Coisa e Christine, o Carro Assassino e dramas como A Espera de Um Milagre, e suas obras serem adaptadas já não são nenhuma novidade, mas em O Macaco o que chama a atenção logo de cara e a mistura inusitada dos gêneros de terror e comédia.

Na trama, dois irmãos gêmeos encontram um macaco de brinquedo que pertenceu ao seu pai. Quando percebem coisas sinistras acontecendo à sua volta, os dois se desfazem do boneco e seguem com suas vidas. Após anos afastados, eventos terríveis começam a se desdobrar e os irmãos precisam se reunir para destruir o brinquedo antes que todos que amam morram.

O diretor Osgood Perkins, que chamou a atenção ano passado com o sucesso do ótimo Longlegs – Vínculo Mortal, foge um pouco da armadilha de jogar numa zona de conforto e fazer um filme parecido com o anterior. Por mais que o terror esteja presente em ambos, é impossível levar O Macaco a sério. A trilha sonora animada e alguns cortes secos dão um tom caricato muito satisfatório ao filme.

A grande questão é que essa mistura de terror e comédia as vezes se perde, Perkins não consegue, achar muito bem um equilíbrio. Existe cenas muito legais e outras simplesmente muito estúpidas. Faltou um direcionamento mais acertado para algum dos lados.

Mas o pior de tudo é quando no meio disso um elemento emocional entre o protagonista Hal (Theo James) e seu filho Petey (Colin O’Brien) tenta ser desenvolvido. Hal mantém distância do filho com medo do que possa acontecer se ele forem muito próximos, devido a ameaça do macaco assassino. Esse esboço de um pequeno drama e reconciliação não funciona e nem casa com o restante do clima estabelecido pelo longa.

Theo James está bem interpretando o papel dos irmãos, embora vejamos majoritariamente um deles em tela, mas existem bons atores que fazem pequenas pontas e estão muito mal aproveitados, caso de Adam Scott, Elijah Wood e Tatiana Maslany, que acaba tendo uma participação um pouco maior mas sem muito impacto.

A trama também não se aprofunda muito no motivo ou no como o macaco funciona ou sequer como ele foi parar naquela família, não que essa seja a intençãoou prioridade dos realizadores, mas também não há nada que faça você se engajar muito na história, que apesar de ter seus bons momentos, não chega a encher os olhos. Pra quem gosta de um terror descompromissado com mortes meio bizarras e meio ridículas deve ser suficiente para se entreter.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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