Para começar é preciso dizer Pantera Negra não é uma história de origem, mas uma história sobre mudança. Sobre aprender com os erros de nossos ancestrais, com os erros das pessoas à nossa volta, com os nossos próprios erros e seguir, não só para um futuro melhor, mas para sermos pessoas melhores.
Tudo leva a crer que o Pantera Negra terá atuação extensa no próximo filme dos Vingadores, que sai em maio, mas, até agora, sua participação estava resumida a uma ponta em “Capitão América: Guerra Civil”. O foco da ação é Wakanda, o fictício país africano, mas o filme tem todos os conceitos americanos, apesar dele ser um produto enlatado, e que não consegue fugir muito dos seus clichês, ele serve muito bem na função de desconstruir mitos e paradigmas hollywoodianos sobre qual é a identidade das pessoas que habitam a África.
Esse definitivamente não é um Homem de Ferro com protagonista negro. Os temas discutidos além de atuais, remetem a questões já denunciadas há tempos e conversa principalmente com todo discursos de grupos de rap, por exemplo, como a quantidade exorbitante de crianças negras que crescem sem seus pais por conta de tragédias e as dificuldades que um jovem negro e morador do gueto tem de conviver com o poder paralelo do tráfico, e isso tudo se funde com a trilha sonora, repleta de canções que envolvem a cultura hip hop.
No filme acompanhamos T’Challa, herdeiro do trono em Wakanda que após a queda de um meteorito repleto de vibranium, viu seu povo e tecnologia avançar consideravelmente, escondidos do restante do mundo. A trama se passa uma semana após Capitão América: Guerra Civil, porem em seu país existem várias facções políticas que buscam assumir o poder.
O filme trás um roteiro bem construído mostra o tema logo de cara, sem medo, e se aprofunda durante o seguir da carruagem, mas como tudo não foge dos famosos clichês. A parte das atuações são sensacionais, um elenco de peso que fez aquilo que melhor sabe fazer “entregar um espetáculo”, o filme trás um rei rodeado pela força feminina outro ponto legal do filme.
A trilha sonora como já mencionei é a cereja no bolo feita pelos rappers Kendrick Lamar e SZA que junto com uma edição voraz e bem ágil nas cenas de batalhas deixa tudo mais atraente, fazendo com que não percamos a direção dos olhos para a tela. Para os fãs de efeitos especiais Pantera Negra herdou algo que lembra muito Star Wars logicamente em um contexto diferente, cores fortes vivas e chamativas é outro ponto estético bem feito.
As cenas pós-créditos de Pantera Negra envolvem interações entre wakandiano e o mundo exterior, e em todas as sequências eles aparecem como personagens soberanos, jamais de cabeça baixa e essa representação é muito poderosa e simbólica.
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