Ruim Pra Cachorro é uma comédia que coloca cachorros simpáticos fazendo mil peripécias na busca de voltar para casa de um deles, o grande diferencial é que eles são totalmente boca suja, e o retorno para casa é apenas em busca de vingança.
Quando Reggie (voz de Will Ferrell/Wendel Bezerra), um Border Terrier ingênuo e implacavelmente otimista, é abandonado nas ruas da cidade por seu dono, Doug (Will Forte), Reggie tem certeza de que seu amado dono nunca o deixaria de propósito. Mas quando Reggie se envolve com um Boston Terrier falador e desbocado chamado Bug (Jamie Foxx/Fábio Rabin), um vira-lata que ama sua liberdade e acredita que os donos são otários, Reggie finalmente percebe que estava em um relacionamento tóxico e começa a ver Doug como o desprezível sem coração que ele é.
Existem algumas piadas aqui e ali que fazem você esboçar um sorriso, mas a verdade é que o roteiro parece ter sido escrito por algum jovem de 15 anos com fixação no órgão sexual masculino e escatologia.
Filmes no estilo besteirol existem aos montes, e vários deles tem seu valor de entretimento, mas em Ruim Pra Cachorro, tudo fica muito repetitivo com insistência nas mesma piadas envolvendo, sexo, pinto, e cocô. Os diálogos são muitas vezes sofríveis, com uma dificuldade de usar palavrões de forma natural. Parece que só porque podiam colocaram palavrões como ponto final em cada frase.
Fazer os cachorros falarem funciona bem, mas existem passagens que necessitam de um complemento gráfico que não é muito bom. Também há várias passagens onde temos apenas os cachorros em cena conversando e os planos se alteram de close-up em close-up, tornando tudo muito estático e enfadonho.
A sessão disponibilizada pela Universal Pictures Brasil para imprensa era dublada em português, e a dupla protagonista, Wendel Bezerra e Fábio Rabin, manda bem num geral, principalmente Wendel, e o restante do elenco está apenas operante.
No papel o filme tinha algum potencial para ser engraçado, e subverter o conceito de “filme de cachorro”, aqueles voltados para toda a família, mas no final tudo podia ter se resumido a um esquete no Youtube, e provavelmente seria mais engraçado.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
