É muito comum termos cinebiografias de grandes personalidades, famosas por sua contribuição artística ou política, e muitas vezes os filmes pecam por não conseguir transmitir toda a grandeza ou importância destas pessoas. Em Uma Vida – A História de Nicholas Winton, acompanhamos um ilustre “desconhecido”, que mostra que qualquer um pode fazer a diferença.
Na trama do filme baseado em fatos reais, acompanhamos Nicholas Winton (Anthony Hopkins e Johnny Flynn) um extraordinário humanitário que, em 1938, durante a Segunda Guerra Mundial, foi visitar Praga e se horrorizou com a situação em que as famílias ali viviam por conta de forte influência da Alemanha nazista. Compadecido com a situação, Nicholas junto com um grupo de apoio, conseguiu ajudar, principalmente crianças, a fugirem do Holocausto e irem para a Inglaterra antes das fronteiras serem fechadas.
O filme segue duas linhas do tempo distintas uma com um velho Winton, interpretado por Hopkins, relembrando o passado e tendo que lidar ainda com alguns traumas deixados pra trás e outra durante a Segunda Guerra quando ele ainda jovem, interpretado por Flynn, resolve ajudar a crianças judias a fugirem de Praga para Inglaterra. Esses dois momentos ajudam a dar um ritmo muito satisfatório para o filme, e os momentos decisivos nunca são cortados, ou ficamos indo e voltando toda hora, cada parte leva o seu tempo para contar sua história.
Falar que Hopkins é um grande ator é chover no molhado, mas é incrível como ele consegue entregar tanto, mesmo não sendo tão exigido ou com simples sutilezas. Flynn também está muito bem, e é até possível ver certa semelhança física entre eles. No elenco de apoio temos um destaque para Helena Bonham Carter como a mãe de Winton e Lena Olin como esposa, mas o longa é totalmente focado em Winton.
O grande trunfo de Uma Vida é ter uma história realmente emocionante e relevante, por muito pouco o filme não caí num melodrama barato, mas o diretor James Hawes sabe segurar aquele momento mais tocante para o final, com o impacto merecido, mostrando que qualquer um pode fazer a diferença. Um bom drama histórico de uma história que merece e precisa ser contada.
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