PUBLICADO EM 07/03/2024

Uma Vida – A História de Nicholas Winton

 

Uma Vida – A História de Nicholas Winton

É muito comum termos cinebiografias de grandes personalidades, famosas por sua contribuição artística ou política, e muitas vezes os filmes pecam por não conseguir transmitir toda a grandeza ou importância destas pessoas. Em Uma Vida – A História de Nicholas Winton, acompanhamos um ilustre “desconhecido”, que mostra que qualquer um pode fazer a diferença.

Na trama do filme baseado em fatos reais, acompanhamos Nicholas Winton (Anthony Hopkins e Johnny Flynn) um extraordinário humanitário que, em 1938, durante a Segunda Guerra Mundial, foi visitar Praga e se horrorizou com a situação em que as famílias ali viviam por conta de forte influência da Alemanha nazista. Compadecido com a situação, Nicholas junto com um grupo de apoio, conseguiu ajudar, principalmente crianças, a fugirem do Holocausto e irem para a Inglaterra antes das fronteiras serem fechadas.

O filme segue duas linhas do tempo distintas uma com um velho Winton, interpretado por Hopkins, relembrando o passado e tendo que lidar ainda com alguns traumas deixados pra trás e outra durante a Segunda Guerra quando ele ainda jovem, interpretado por Flynn, resolve ajudar a crianças judias a fugirem de Praga para Inglaterra. Esses dois momentos ajudam a dar um ritmo muito satisfatório para o filme, e os momentos decisivos nunca são cortados, ou ficamos indo e voltando toda hora, cada parte leva o seu tempo para contar sua história.

Falar que Hopkins é um grande ator é chover no molhado, mas é incrível como ele consegue entregar tanto, mesmo não sendo tão exigido ou com simples sutilezas. Flynn também está muito bem, e é até possível ver certa semelhança física entre eles. No elenco de apoio temos um destaque para Helena Bonham Carter como a mãe de Winton e Lena Olin como esposa, mas o longa é totalmente focado em Winton.

O grande trunfo de Uma Vida é ter uma história realmente emocionante e relevante, por muito pouco o filme não caí num melodrama barato, mas o diretor James Hawes sabe segurar aquele momento mais tocante para o final, com o impacto merecido, mostrando que qualquer um pode fazer a diferença. Um bom drama histórico de uma história que merece e precisa ser contada.

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  3.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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