The Boys, série da Amazon Prime Video baseada nos quadrinhos escritos por Garth Ennis e desenhados por Darick Robertson, aborda a temática dos super-heróis de uma maneira, dentro do possível, mais realista.
E se realmente existissem super-heróis, e não só isso, e se eles fossem apenas um produto de uma empresa, que usa sua imagem visando lucro? Uma das respostas possíveis está em The Boys.
A trama principal se inicia quando o ilustre desconhecido Hughie Campbell (Jack Quaid) vê diante de seus olhos sua namorada ser, literalmente, desintegrada pelo super velocista Trem-Bala (Jessie T. Usher), em um “acidente de trabalho”. Desnorteado e com sede de vingança Hughie é convencido por Billy Bruto (Karl Urban) a entrar numa jornada para derrubar a empresa que controla os heróis.
Com muita violência e lascividade a trama vai se desenvolvendo, mostrando a verdadeira face deturpada de heróis como Capitão Pátria (Antony Starr) e Profundo (Chace Crawford). O enredo também não poupa críticas ao showbiz, a relação do governo com indústrias privadas, guerra e religião.
Apesar de pesado, é muito interessante ver este claro paralelo com os personagens da Liga da Justiça em suas versões escrotas e cheias de mas condutas. E isso funciona muito bem por conta da liberdade que a Amazon deu para Eric Kripke (Supernatural), Evan Goldberg (Preacher) e Seth Rogen, os criadores da adaptação, trabalharem.
As atuações devem ser destacadas também. O grupo que se une para derrubar os heróis, os “garotos” do título, Billy Bruto, Hughie, Francês (Tomer Capon), Leitinho da Mamãe (Laz Alonso) e depois Kimiko (Karen Fukuhara) é extremamente carismático. Ao mesmo tempo você odeia a maioria dos heróis apresentados, com exceção da novata Luz-Estrela (Erin Moriarty).
The Boys chega com os dois pés na porta, e sem papas na língua, se tornando um dos maiores sucessos do serviço de streaming da Amazon, o que já lhe garantiu uma segunda temporada, e claro dando uma revigorada no gênero de super-heróis.
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