O novo filme do diretor e roteirista Quentin Tarantino, se passa no final da década de 60 e acompanha a história de Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), ator de tv e cinema que começa a ter um declino em sua carreira, e seu dublê, Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre o acompanha e acaba sendo um grande amigo e faz-tudo.
Aqui Tarantino mistura fatos e personagens reais a sua narrativa, como os vizinhos de Dalton, que são ninguém menos que o diretor de O Bebê de Rosemary, Roman Polanski (Rafal Zawierucha) e sua esposa, a atriz Sharon Tate (Margot Robbie), que na vida real foi brutalmente assassinada por seguidores de Charles Manson, no filme vivido brevemente por Damon Herriman.
Toda a reconstrução de época, desde o figurino até a escolha das músicas é muito boa. A presença de fatos que aconteceram na vida real como a invasão dos hippies no Rancho Spahn, também é interessante, e a quebra de expectativa gerada nesta cena chega até a soar cômica, mas talvez alguém saiba dos fatos não caia totalmente na tensão criada.
É notório mais uma vez a intenção do diretor de homenagear a própria indústria, por exemplo: diversas cenas onde vemos os personagens assistindo e participando de outros filmes. Entretanto o longa demora de fato a engrenar e chegar até seu ponto de interesse, e dessa vez não há diálogos tão bem trabalhados, instigantes e ácidos, marca registrada de toda sua cinebiografia.
Assim como em Bastardos Inglórios, Tarantino reimagina fatos históricos a seu bel e deturpado prazer, mas dessa vez em uma escala menor e menos impactante, se você já é fã do diretor vale a pena conferir com seus próprios olhos.
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