“Nós, mulheres, enfrentamos desafios surpreendentes quando escolhemos sair do que são considerados nossos limites habituais”.
Na década de 1930, não seguir a igreja e desrespeitar os costumes era considerado transgressão gravíssima. Os homens trabalhavam e as mulheres cuidavam da casa e da costura, fim da história. Trabalhar fora, ler, praticar esportes ou até mesmo emitir opinião política e tomar decisões não eram práticas bem aceitas para o público feminino daquela época. Entretanto, um acontecimento estava prestes a balançar a pequena cidadezinha de Kentucky, no interior dos EUA e a mudar completamente a vida de Alice, personagem principal da história que nunca se viu descumprindo as regras sociais impostas.
As mulheres da cidade foram convidadas a participar de um projeto especial: levar a leitura/educação para os menos favorecidos da área rural de Kentucky, dirigindo uma biblioteca itinerante a cavalo. Desafiando o regime, apenas cinco mulheres topam essa empreitada. Elas ainda não sabiam, mas a luta pela LIBERDADE estava apenas começando.
Meus amigos, que livro incrível! A Jojo Moyes já começa a história mostrando a que veio. O leitor não encontra dificuldade nenhuma de ligar os ponto, entendendo o começo da trama e para onde ela o está levando. A temática é forte (feminismo e sororidade), a escrita é intensa e a história carrega uma carga pesadíssima. O clima do livro é tenso do início ao fim. Os personagens vivem conflitos reais e sérios, o que influencia diretamente nessa carga pesada e dramática da história.
Por falar em personagens, todos aqueles mais envolvidos na trama central do livro são super bem desenvolvidos. A autora consegue ambientar muito bem a cidade (que de fato existe na vida real), os personagens, os acontecimentos sem deixar que a narrativa fique arrastada ou cansativa. Os diálogos são bem elaborados sinceros e reais, dando ao leitor aquela sensação gostosa de estar assistindo a um filme ao invés de ler. Nada nesse livro pode ser considerado superficial.
Saber que a Biblioteca Itinerante a Cavalo em Kentucky (EUA) de fato existiu me fez arrepiar de cima a baixo. É incrível conhecer história de mulheres que desafiaram o regime em busca de LIBERDADE. Jojo Moyes pesquisou bastante tendo, inclusive, viajado para conhecer a cidade e garantir que o livro saísse perfeito (e, no meu ponto de vista, realmente saiu!)
Um livro que funcionou em absolutamente todos os seus aspectos: temática, desenvolvimento, personagens, conclusão… tudo! Somente um pequeno ponto no final da trama me inquietou por achar que deveria ter sido um pouquinho mais explorado (acho que mais umas 30 páginas resolveriam o problema), entretanto, diante da GRANDEZA de todo o resto, se torna realmente um detalhe ínfimo.
Espero que LEIAM “Um Caminho para a Liberdade”. A Jojo se reinventou nessa história e atingiu o êxito.
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