Em Resgate, novo filme original da Netflix, Tyler Rake (Chris Hemsworth) é um mercenário contratado para resgatar o filho do chefe e uma organização criminosa de Bangladesh, que foi sequestrado por outro grande criminoso da região.
O longa de premissa simples é produzido por Joe e Anthony Russo, baseado nos quadrinhos Ciudad de Ande Parks e Fernando Leon Gonzalez, com história criada também pelos Irmãos Russo. Eles por sua vez trouxeram para direção Sam Hargrave, que trabalhou como dublê e coordenador de dublê nos últimos filmes dos Vingadores.
A presença de Hargrave na direção é essencial para o sucesso do filme. Ele sabe coreografar e filmar ação de maneira excepcional. As cenas de pancadaria franca e perseguições são o ponto alto. Dá pra sentir cada peso dos golpes e também a criatividade para usar os recursos que o cenário oferece, mas sem muitas firulas.
A fotografia apesar de mostrar bem os cenários, principalmente em planos abertos, peca ao usar um filtro extremamente amarelado, o que rendeu críticas, não só a esse, mas ao gênero de ação em geral, que tende a usar essa estratégia para dar uma impressão de lugar mais sujo, quente e menos desenvolvido.
Outra crítica que pode ser feita é a do esteriótipo do “branco salvador”, ou da violência excessiva e gratuita, principalmente contra crianças.
Dito isto, fato é que Hemsworth tem competência e carisma suficiente para segurar o longa, que dentro do que se propõem, cumpre muito bem seu papel, com ação desenfreada nua e crua que remete aos clássicos dos anos 70, onde a história fica em segundo plano, e queremos ver mesmo tiro porrada e bomba.
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