Em Estou pensando em acabar com tudo nós acompanhamos uma jovem (Jessie Buckley), que apesar das dúvidas sobre seu relacionamento, faz uma viagem com seu novo namorado, Jake (Jesse Plemons) para a fazenda da família dele a fim de conhecer seus pais (Toni Collette e David Thewlis).
O longa é escrito e dirigido por Charlie Kaufman (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Anomalisa) adaptando o livro de Iain Reid. Como já esperado do cineasta, ele não entrega algo simples, ou de fácil assimilação. A momentos propositalmente estranhos e desconfortáveis, flertando com surrealismo e brincando com nossa percepção do que é real ou não.
Muito se sustenta a partir dos longos diálogos, que muitas vezes são intercalados com voz over de pensamentos, uma clara herança da obra original, o que dá uma aura teatral ao longa. As atuações também corroboram com a teatralidade, principalmente dos pais de Jake, com seu jeito afetado de falar e suas risadas espalhafatosas.
Temos poucos cenários, mas a fotografia é muito interessante. O diretor opta pela resolução de 4:3, deixando nossa visão ainda mais estreita, e focada na psique dos personagens.
É difícil dizer exatamente sobre o que se trata o longa. Solidão, relacionamento, velhice, morte ou tudo isso junto. Tudo é aberto a interpretações e debate, principalmente o final, que gostando ou não, vai te fazer ficar pensando “o que diabos eu acabei de ver, e o que ele quis dizer com isso?”.
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