Imagine um típico filme de slasher envolto numa camada de comédia adolescente e está será a receita de Freaky – No Corpo de um Assassino, novo filme de Christopher Landon, diretor de A Morte Te Dá Parabéns, com produção da Blumhouse.
Esta fórmula funciona tão bem aqui pois não temos uma simples paródia, logo no inicio recebemos dois pés no peito com uma sequência brutal de assassinatos, muito inventivos e bem filmados, deixando bem claro que quando o assunto é carnificina, ele é levado a sério.
Por sorte as coisas são equilibradas quando somos apresentados a Millie (Kathryn Newton) com uma vida suburbana extremamente comum e sua falta de tato social, que chega a ser até exagerada, visto que ela se encaixa em vários padrões.
Depois da apresentação da personagem, onde há a tentativa de criar um vinculo emocional, que é apenas ok, a história começa de fato quando o serial killer (Vince Vaughn) ataca Millie e graças ao poder sobrenatural de uma faca antiga, eles trocam de corpos, ao melhor estilo Sexta-Feira Muito Louca (Freaky Friday no original).
A dupla de protagonista manda muito bem mudando completamente o jeito de se portar, correr, até o olhar. Com destaque para Vaughn, que com seus quase 2 metros de altura passa de um assassino a sangue frio a uma adolescente fazendo coreografias de dança.
O longa presta várias homenagens aos clássicos desse subgênero de terror como Sexta-Feira 13 e Halloween, fazendo isso com muita competência. Não existe nenhuma morte sem graça, ou que não tenha sangue jorrando. Nos divertimos não só com algumas boas situações ao longo da história como também com a morte de vários tipinhos desprezíveis que aparecem.
Pra quem gosta do gênero, Freaky é uma grata surpresa, por ser bastante competente no que se propõem, mas sem nunca se levar muito a sério. Mesmo com essa premissa meio esdruxula, o longa não reinventa a roda e tem um desfecho satisfatório, concluindo o arco sem nenhuma grande pretensão.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
