O Céu da Meia-Noite, novo longa de ficção-científica original da Netflix, dirigido e estrelado por George Clooney, mostra um futuro não tão distante, onde o Planeta Terra passou por alguma catástrofe (que ninguém faz questão de explicar) o deixando em breve inabitável.
Em meio a sua solidão no Ártico, o cientista Augustine (Clooney) tenta contato com uma missão da Nasa que está retornando para Terra. O filme segue essas duas linhas narrativas, Augustine na Terra, com direito a alguns flashbacks e no espaço com a equipe liderada por Adewole (David Oyelowo) e Sully (Felicity Jones).
A montagem do filme até tenta equilibrar bem essas duas frentes de narrativa e trazer uma dinâmica bacana, mas na verdade nenhuma delas chega a ser muito interessante. Apesar de Augustine estar doente e precisar fazer contato com a equipe de astronautas pra evitar que eles voltem para um planeta condenado, em nenhum momento o expectador sente algum tipo de urgência, necessário pra criar um engajamento maior com a situação.
A equipe de astronautas passa por situações um pouco mais delicadas, já que estão no espaço, mas nada que já não tenhamos visto várias vezes em outros filmes do gênero, inclusive feitas de maneira muito melhor. E nenhum dos cinco tripulantes chega a ter algum tipo de desenvolvimento muito elaborado pra que nos importarmos realmente com eles.
O arco do personagem de Clooney fala sobre solidão e arrependimento, mas o faz de forma tão simples e previsível, que falha onde deveria ser o coração da narrativa. Apesar disso sua atuação é boa, mas nada que não fosse esperado dele.
O Céu da Meia-Noite não inova como ficção-científica, pegando vários clichês do tema, e nem conquista nossos corações como drama, é apenas operante, ficando no meio termo, onde dificilmente irá surpreender alguém.
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