Espiral é a nova tentativa de reavivar a franquia Jogos Mortais, que marcou o cinema de horror em 2004 e elevou o nome do diretor James Wan ao estrelato.
Desta vez temos como protagonista Zeke Banks (Chris Rock), detetive que vive a sombra de seu pai (Samuel L. Jackson), um ex-policial aposentado. Quando um novo serial killer, que imita o modus operandi de Jigsaw aparece, cabe a Zeke e seu companheiro novato William (Max Minghella) agir para impedi-lo.
O filme presta algumas homenagens pontuais e traz o gore esperado das armadilhas da franquia, mas em torno disso ele tenta ser um suspense investigativo, num clima meio Seven – Os Sete Crimes Capitais, mas o máximo que consegue é passar por uma paródia.
Começando a análise por Chris Rock, que além de atuar é produtor do projeto, é simplesmente difícil encarar ele num papel sério e tudo fica ainda pior quando alguns diálogos parecem um stand-up (ruim) sobre casamento e divórcio. Jackson por outro lado, que tem muito mais facilidade pra transitar entre gêneros, tem pouco tempo de tela e é subaproveitado.
Darren Lynn Bousman, diretor do filme, toma decisões questionáveis quando decide simplesmente chacoalhar a câmera em momentos de tensão ou utilizar filtros muito fortes em cenas de flashback, que por sinal são muito mal encaixadas, principalmente quando nos mostram algo visto a vinte minutos antes, apostando forte na amnésia da audiência.
Espiral também sofre do mal de diversos outros filmes recentes, fazendo um plot twist que pode ser telegrafado a quilômetros de distância e que se você parar pra pensar, nem faz muito sentido. Logo, se você tirar a violência e o sadismo das armadilhas, quase nada sobra pra ser apreciado, valendo mais a pena revisitar o filme original.
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