PUBLICADO EM 02/07/2021

Rua do Medo: 1994 – Parte 1

 

Rua do Medo: 1994 – Parte 1

Rua do Medo é um projeto até certo ponto ousado da Netflix, principalmente na sua forma de distribuição, com a trilogia de filmes estreando em três finais de semana seguidos.

A primeira parte se passa em 1994, onde conhecemos um grupo de adolescentes que moram na pequena cidade de Shadyside, também conhecida como a capital do assassinato nos EUA, devido a série de ocorrências violentas ao longo dos anos. Quando uma nova leva de assassinatos começa e eles são perseguidos, precisam se unir para combater o mal, que pode ter origem no sobrenatural.

O longa deixa bem claro suas referências em filmes de slasher, como Pânico e Halloween, mas também se inspira em outras vertentes de terror ao flertar com o ocultismo, como o citado dentro do próprio filme Poltergeist e claro It A Coisa, já que é fácil a ligação dos jovens desajustados com o Clube dos Perdedores.

Dito isso, é notória a diferença entre Rua do Medo e qualquer um desses filmes citados. Não que essa seja sua proposta, já que é voltado para um público mais jovem, mas seria de bom grado algum toque a mais de ousadia em certos aspectos. O único ponto que realmente pode surpreender é a violência que é usada sem restrições, mesmo que em momentos chave. Para alguém já fã do gênero provavelmente não verá nada de novo, mas para uma nova geração, com certeza terá seu impacto.

O grupo de jovens composto por Deena (Kiana Madeira), Samantha (Olivia Scott Welch), Josh (Benjamin Flores Jr.), Simon (Fred Hechinger) e Kate (Julia Rehwald) talvez demorem um pouco a cair nas graças do público, até porque a química entre eles é meio subjetiva mas cumprem bem suas funções, ainda mais pra jovens atores.

Em meio ao típico terror e de drama adolescente o longa talvez esqueça de se divertir um pouco, mesmo que seja de forma mais ácida até, como um forma de válvula de escape. Uma ou outra crítica social é esboçada, mas nada que não seja superficial.

Este é apenas o segundo longa metragem da diretora Leigh Janiak, que também roteiriza o filme ao lado de Phil Graziadei. Ela se mostra bastante competente na parte estética e visual, mas também não toma muitos riscos.

Como deixa bem claro em todo seu material promocional e até no título, essa é a primeira parte de uma história maior, então o caráter episódico é muito forte, apesar de concluir um arco, então algumas pontas soltas são deixadas pra trás, o que é compreensível, mas gera mais expectativa para suas continuações.

Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram, e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.

 

  3.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


RELACIONADOS