PUBLICADO EM 18/10/2021

Halloween Kills: O Terror Continua

 

Halloween Kills: O Terror Continua

Em 2018 a clássica franquia de terror Halloween foi ressuscitada novamente com o bom filme dirigido por David Gordon Green, e desde então uma trilogia foi prometida, com Halloween Kills chegando agora e Halloween Ends ano que vem.

O novo filme começa exatamente de onde o anterior parou, com Michael Myers conseguindo se livrar da armadilha de Laurie (Jamie Lee Curtis), e seu ritual de banho de sangue recomeçando. Enquanto Laurie luta contra sua dor e se prepara para se defender dele, ela inspira todos na cidade de Haddonfield a se levantarem contra seu monstro imparável.

Essa sequência é claramente um filme de transição para o grande final, que infelizmente não agrega quase nada para a história ou mitologia do personagem. Michael Myers é tratado como uma força do mal que precisa ser parada a qualquer custo, corrompendo a pequena cidade não apenas com suas mortes violentas, mas com a fúria animalesca que desperta em seus cidadãos.

Toda a forte ligação entre o assassino e Laurie, bem construída no filme anterior, é jogada pra escanteio, visto que ela aparece muito pouco e nunca no centro da ação. Isso poderia ter aberto mais espaço para sua filha (Judy Greer) e neta (Andi Matichak) ganharem protagonismo, mas isso não ocorre. O longa perde um tempão com personagens que claramente não vão sobreviver, servindo apenas como bucha de canhão.

A edição do filme parece bagunçada, principalmente no começo, com núcleos a princípio desconexos e abusando dos flashbacks. A trilha sonora clássica serve de muleta pra atrair a atenção dos fãs enquanto Michael mata um ou outro personagem aqui e acolá. E mesmo que você esteja engajado única e exclusivamente pela matança promovida, não a nada que você já não tenha visto sendo feito melhor, dentro da própria franquia inclusive.

A experiência do longa pode ser melhorada se você se reunir com os amigos e propor um drinking game. Cada vez que alguém disser “o mal morre esta noite” vocês bebem, e as chances de alguém sair da experiência em pleno controle de suas faculdades mentais mínima.

Mesmo com a proposta de ser uma transição entre o filme de 2018 e Halloween Ends, Halloween Kills poderia ter entregado algo muito melhor, sem deixar a impressão de ser algo vazio. Poderiam ter feito facilmente um curta de 30 minutos e daria no mesmo. Sem emoção e com um fiapo de narrativa, a nova entrada na franquia Halloween, que já passou por poucas e boas, é decepcionante.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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