Após a tentativa de resgatar a franquia clássica dos anos 80 em 2016 com Caça-Fantasmas, chegou a vez de Ghostbusters: Mais Além ir fundo em suas raízes ao mesmo tempo que tenta cativar um público novo.
Na trama do novo filme, somos apresentados a família formada por Callie (Carrie Coon) e seus dois filhos Trevor (Finn Wolfhard) e Phoebe (McKenna Grace), que vão mal das finanças e precisam se mudar para uma velha casa herdada no interior de Oklahoma. Quando os jovens despertam eventos sobrenaturais, eles precisam da ajuda do jovem Podcast (Logan Kim) e professor Grooberson (Paul Rudd) para entender e deter a ameaça.
Um dos maiores trunfos do longa é conseguir encaixar a nostalgia na medida certa. Diferente do filme de 2016 essa é uma continuação direta dos dois primeiros filmes, e os elementos conhecidos pelos fãs vão sendo colocados aos poucos. A momentos em que a referencia passa do ponto, como a presença dos Mini Monstros de Marshmallow, que apesar de muito fofinhos e engraçadinhos, são completamente aleatórios, e estão mais pra vender boneco do que qualquer outra coisa.
Apesar da forte nostalgia, e da trama seguir a mesma batida dos filmes anteriores, os novos personagens apresentados são de fato carismáticos. Phoebe é extremamente inteligente e por conta disso deslocada, suas interações com Podcast e principalmente com o professor Grooberson são ótimas. Paul Rudd entrega muito bem o humor e o carisma necessários para seu personagem e McKenna Grace o acompanha muito bem.
A presença de Finn Wolfhard é até óbvia depois de tanto que os filmes originais foram homenageados em Stranger Things, mas sem dúvida um elo muito importante com grande parte da nova geração que ainda não conhece a obra original. Carrie Coon, faz uma mãe fora dos padrões, e por isso inusitada e divertida. O longa ainda guarda pro final aquilo que os fãs estavam esperando a muito tempo.
Apesar do clima leve e divertido, o filme entrega ao final uma carga emocional bastante forte, uma verdadeira homenagem para a franquia como um todo. É impossível não imaginar fãs indo as lagrimas ao final do filme.
Os efeitos especiais são muito bons e algumas partes as criaturas parecem bonecos dos anos 80, mas muito bem feitos, o que dá um ar mais palpável para elas. O roteiro é simples e conta com algumas facilitações, além de estar longe de inovar alguma coisa, até mesmo dentro da franquia, mas funciona como uma boa aventura para toda a família e sem dúvidas abre espaço para novos projetos futuros.
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