PUBLICADO EM 05/05/2022

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

 

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura chega aos cinemas em volto de expectativas para dar continuidade a história de um dos personagens que mais se destacou em Guerra Infinita e Ultimato, e também da melhor série de tv feita pelo estúdio, WandaVision.

Na trama, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) encontra a jovem America Chavez (Xochitl Gomez), que vem sendo perseguida por criaturas bizarras a fim de ter seu poder de viajar pelo multiverso roubado. Para ajudar a proteger a garota e encontrar quem está por trás disso, Strange conta com a ajuda de Wong (Benedict Wong), atual Mago Supremo, e também recorre a Wanda (Elizabeth Olsen).

Os dois primeiros terços do filme acontecem de forma muito acelerada, não dando tempo suficiente para uma bom desenvolvimento de personagens e suas motivações, principalmente do principal antagonista.

Apesar de ter ótimas sequências, com ângulos e perspectivas arrojadas e do diretor Sam Raimi usar e abusar da mistura de gêneros que faz com maestria, transitando entre um pouquinho de terror, suspense e ação, o roteiro de Michael Waldron peca demais ao se apoiar num macguffin que não faz a mínima diferença pra audiência e ignorando de forma absurda todo desenvolvimento e aprendizado de determinado personagem até aqui no MCU.

Da mesma forma que consegue escorregar feio, o longa acerta de forma colossal em outras. America Chavez é extremamente carismática e sem dúvida será um dos destaques desse núcleo jovem que vem se formando dentro do MCU. A volta de Rachel McAdams é muito bem vinda e acrescenta uma camada interessante ao protagonista, mas sem deixá-la de lado ou servindo apenas como suporte emocional do personagem título. Há também algumas participações especiais que empolgam, mas que no final das contas, pouco acrescentam.

Multiverso da Loucura é simplesmente o filme mais massavéio que a Marvel já fez, tanto no bom sentido quanto no mal. Se de um lado ela se entrega totalmente a bizarrices e conceitos dos quadrinhos sem o mínimo de pudor, por outro existe um custo quanto a fragilidade do roteiro, onde se pararmos pra pensar, uma boa conversa ou um discurso motivacional feito logo de cara já teriam resolvido a situação.

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  3.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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