PUBLICADO EM 07/07/2022

Thor: Amor e Trovão

 

Thor: Amor e Trovão

Thor: Amor e Trovão é quarto filme solo do personagem da Marvel, e o primeiro a alcançar esta marca dentro do MCU (obviamente excluindo os filmes do Homem-Aranha antes de Tom Holland assumir o papel). Isto se deve pois houve uma reinvenção do personagem, os dois primeiros longas dirigidos por Kenneth Branagh e Alan Taylor tentam dar um tom mais épico ao personagem, mas com a chegada de Taika Waititi em Thor: Ragnarok, o tom de comédia galhofa com um pitada psicodélica, deu um frescor ao universo do Deus do Trovão.

Dito isto, a nova aventura do personagem segue este mesmo padrão, apostando nesse estilo mais descompromissado e por vezes bem bobo. Esperar algo muito diferente disso a esta altura, já conhecendo o trabalho do diretor e roteirista tanto no cinema como na tv, é estar com as expectativas um pouco desalinhadas.

Na trama, Thor (Chris Hemsworth) está em uma jornada diferente de tudo que ele já enfrentou – uma busca pela paz interior. Mas sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e da ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, como a Poderosa Thor.

Mesmo com seu estilo de humor peculiar, Waititi coloca outras questões mais pesadas nesta aventura do Thor, uma pena que de forma mais superficial. Toda a introdução do vilão conhecido como Carniceiro dos Deuses é bastante interessante, e promete construir um belo antagonista, mas ele parece nunca atinge seu potencial, como se no final o que importasse mesmo fosse figura antes conhecida apenas como Gorr.

Natalie Portman tem uma volta triunfal ao papel de Jane Foster e entrega muito bem seus momentos mais sérios, mas fica um gostinho de quero mais sobre um aprofundamento mais intenso de verdade. Já Chris Hemsworth continua tão carismático como sempre, provando mais uma vez seu talento para comédia e como esse tom casa perfeitamente com o personagem estabelecido no MCU.

Em determinados momentos o filme preenche lacunas do relacionamento de Thor e Jane com flashbacks, tornando o filme basicamente uma comédia romântica, e o uso da narração em off feita por Korg acentua novamente o tom jocoso da produção. A participação dos Guardiões da Galáxia é bem dispensável na verdade, mas Russell Crowe como Zeus é uma bela adição, mesmo com uma participação limitada neste primeiro momento.

De fato algumas movimentações da trama poderiam ser melhor lapidadas através de diálogos e uma que outra cena adicional, nada realmente aqui foge de seu propósito ou deixa de fazer sentido, mas com um cuidado melhor ficaria mais claro, trazendo um pouco mais de coesão a narrativa.

Apesar de toda aventura cósmica e comédia pastelão, se eu tivesse que definir Thor: Amor e Trovão em apenas uma palavra, seria: fofo. Mesmo regado a uma trilha sonora de Guns’n Roses, referencias visuais oitentistas e porradaria entre deuses, Taika ao lado da roteirista Jennifer Kaytin Robinson, conseguem ganhar o expectador com o coração mais molenga, sendo impossível não soltar um “aaawn” na última frase antes dos créditos.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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