Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, tem a missão de continuar história do longa de enorme sucesso de 2018 após a trágica morte de Chadwick Boseman. A carga emocional gerada devido a este fato é algo nunca antes visto em nenhum filme do MCU, e é tratado com tanto carinho, respeito e cuidado que é impossível não se emocionar.
Após Wakanda se mostrar para o mundo, outras potências querem obter o controle do vibranium para si, com isso a eminência da descoberta do reino submerso de Talocan, que possui sua reserva do precioso metal, faz com que Namor (Tenoch Huerta) ponha Wakanda contra a parece para ajudá-lo. No meio disso a Rainha Ramonda (Angela Bassett) e Shuri (Letitia Wright) processam o falecimento de T’Challa (Chadwick Boseman) de maneiras distintas.
A morte do personagem é incorporada a trama de forma muito natural, outras nações querem se aproveitar da possível fragilidade de Wakanda sem seu principal protetor para investir contra o reino. A presença de Namor também é muito bem encaixada, e sua dualidade o torna um personagem extremamente interessante, sem falar em toda mitologia inspirada nos povos da américa latina que dão ainda mais profundidade a ele.
Outra presença marcante e cativante é a de Riri Williams (Dominique Thorne) que a principio pareceria que iria ficar sobrando em meio a trama de guerra entre as nações, mas também acaba se encaixando muito bem, e ainda é um bom alívio cômico, nos raros momentos em que o filme se permite ser mais leve.
Foras essas novidades o foco principal é em Ramonda e Shuri, e as duas atrizes entregam ótimas atuações, cheias de emoção e energia quando necessário. Ainda há uma ou outra surpresa no que diz respeito a aparições especiais, mas o filme acaba sendo bastante contido em si próprio.
As cenas de ação e os efeitos especiais são bons, é nítida a evolução em comparação com o primeiro filme, o diretor Ryan Coogler parece mais a vontade a confiante em suas decisões, mas nada que seja realmente marcante. Existem alguns momentos também em que o filme é excessivamente escuro, quase que mal iluminado.
Apesar das 2h40 de filme, ele consegue te prender, tanto pelo desenrolar da trama quanto pela emoção, sem ser cansativo. Ele toma seu tempo para desenvolver sua história da melhor forma possível, nada fica sobrando ou faltando, Embora algumas questões políticas sejam bastante simplificadas, o filme faz um trabalho competente num geral.
Mais do que um filme de ação ou de super-herói, Wakanda Para Sempre é sim uma bela homenagem a Boseman, sem ser apelativo ou piegas, mas com uma carga emocional sincera que acaba elevando o nível de envolvimento com o público.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
