PUBLICADO EM 11/01/2023

Os Fabelmans

 

Os Fabelmans

Um dos mestres da sétima arte, Steven Spielberg parece estar mais afiado do que nunca, após ter dirigido seu primeiro musical com o ótimo remake de Amor, Sublime Amor (2021), o cineasta lança agora o seu filme mais íntimo, segundo ele mesmo, explorando aspectos da sua juventude e elaborando no processo uma carta de amor ao cinema.

Inspirado na própria infância de Spielberg, o longa narra a história de Sam Fabelman, um jovem que descobre um segredo familiar devastador e revela o poder dos filmes para nos ajudar a ver a verdade sobre os outros e sobre nós mesmos.

O jovem Sam Fabelman (Mateo Zoryan), mostra todo o deslumbre do descobrimento da magia do cinema, e não só de assistir, mas do encanto por criar seus próprios filmes, sempre incentivado por sua mãe Mitzi Fabelman (Michelle Williams), e sob o olhar de seu pai Burt Fabelman (Paul Dano), embora carinhoso, reticente quanto o seu “hobby“.

Após isso, temos a transição para adolescência de Sam (interpretado por Gabriel LaBelle), que cada vez mais aprimora suas técnicas e parece sentir mais facilidade em se expressar através de seus filmes do que com palavras. A relação entre seus pais vai ficando complicada, ainda mais com a morte da mãe de Mitzi e da relação do casal com o amigo da família Bennie Loewy (Seth Rogen).

Grande parte do filme se dedica a relação do casal, o que na verdade chega a ser uma surpresa. Apesar de complicada a situação, ela nunca chega a ser extremamente melodramática, há vários momentos de escape mais leves, principalmente quando Sam está exercitando sua criatividade e seu olhar apurado com a câmera.

O ponto mais baixo do filme é quando a família se muda para Califórnia devido ao trabalho de Burt, e como Sam entra em um novo colégio, ele sofre com bullying pelo fato de ser novato e judeu. Apesar de alguns momentos engraçados essa parte se torna bastante clichê, todo drama familiar ainda parece bem mais interessante.

Existe um momento no final onde parece que Spielberg perdeu o momento de encerrar o filme e o prolonga mais que o necessário, mas o que vem a seguir é provavelmente a melhor cena, com uma participação especial impagável.

Com Fabelmans, Spielberg e o roteirista Tony Kushner criam um retrato intimista e muito sincero da juventude do diretor, misturando toda paixão dele pela arte, capaz de fazer com qualquer que goste de cinema se envolver, de maneira muito direta e confortável.

Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram, e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.

 

  4

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


RELACIONADOS