Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é o filme que abre a Fase 5 da Marvel, prometendo apresentar de fato o grande vilão que irá substituir Thanos como maior ameaça para os Vingadores nos próximos anos. Isso gera bastante expectativa e consequentemente decepções.
Na trama, Scott Lang (Paul Rudd), Hope Van Dyne (Evangeline Lilly), Hank Pym (Michael Douglas), Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer) e Cassie Lang (Kathryn Newton) são sugados para o Reino Quântico, onde irão se deparar com criaturas estranhas e terão que impedir que Kang, o Conquistador (Jonathan Majors) escape de lá.
O filme não se demora muito na introdução, já jogando a família formiga pra dentro do Reino Quântico o mais rápido possível, onde toda ação vai se desenvolver. É interessante ver o personagem tendo essa abordagem mais cósmica e psicodélica, mas todo o charme dos filmes solos anteriores como sendo filmes de assalto, fica pra trás. Até a comédia é deixada mais de lado, com o filme assumindo um tom mais dramático em certos momentos.
Essa mudança de tom se deve principalmente pela ameaça de Kang, que tem uma presença marcante com a atuação excelente de Majors. Ele sabe dosar sua calma e fala mansa e explodir de raiva nos momentos certos, principalmente quando o embate se torna mais físico, algo um tanto inesperado.
Apesar de conhecermos mais dessa variante do vilão, que já havia sido apresentado brevemente no final da série Loki, ele ainda é uma incógnita, o que pode gerar antipatia e desconfiança do público geral, que vai sempre compará-lo com Thanos, que foi um vilão formidável, mas que também demorou a ter seu espaço para brilhar. Kang tem uma história aparentemente mais complexa, principalmente mexendo com o multiverso, portanto essa é apenas uma introdução ao personagem que deve dar as caras ainda várias vezes até sua conclusão em Vingadores: Dinastia Kang e Guerras Secretas, em 2025 e 2026 respectivamente.
Há várias criaturas bizarras no Reino Quântico, e vários designs inventivos, mas é tudo tão colorido e cheio de coisas, que acabam se perdendo, até porque nada ali tem grande relevância a trama. Pode se dizer o mesmo de algumas participações especiais, como a de Bill Murray, por exemplo.
Paul Rudd continua esbanjando carisma como sempre e também consegue entregar bem as partes mais dramáticas quando confrontado por Kang. Evangeline Lilly fica meio escanteada junto com Michael Douglas, mas pelo menos Michelle Pfeiffer tem finalmente bastante espaço, e sua ligação com Kang é curiosa mas bem desenvolvida.
Um dos pontos baixos infelizmente é Kathryn Newton, que fica bem abaixo dos demais, e seus diálogos com certeza não ajudam, tendo pelo menos 70% das suas falas sendo ela gritando pelo seu pai. Outro ponto baixo é o M.O.D.O.K., que tem uma origem diferente dos quadrinhos mas que poderia ser interessante, mas seu visual sem o elmo é simplesmente esdrúxulo. E claro uma cabeça gigante voadora é ridícula por si só, mas a maneira como foi feito, parece que só esticaram a cabeça no photoshop de qualquer maneira. E é melhor nem mencionar o desfecho do personagem.
No fim temos uma aventura divertida, mas sem grandes surpresas, que promete muito e entrega o básico. Ao se aventurar na riqueza e grandeza do Reino Quântico, Homem-Formiga perde um pouco de seu charme, abocanhando mais do que pode engolir. Quem acompanha a Marvel nesse entrelaçados de projetos entre séries e filmes deve se entreter, mas é possível que o longa encontre seus detratores por aqueles que esperavam algo á mais.
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