PUBLICADO EM 17/02/2023

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

 

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é o filme que abre a Fase 5 da Marvel, prometendo apresentar de fato o grande vilão que irá substituir Thanos como maior ameaça para os Vingadores nos próximos anos. Isso gera bastante expectativa e consequentemente decepções.

Na trama, Scott Lang (Paul Rudd), Hope Van Dyne (Evangeline Lilly), Hank Pym (Michael Douglas), Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer) e Cassie Lang (Kathryn Newton) são sugados para o Reino Quântico, onde irão se deparar com criaturas estranhas e terão que impedir que Kang, o Conquistador (Jonathan Majors) escape de lá.

O filme não se demora muito na introdução, já jogando a família formiga pra dentro do Reino Quântico o mais rápido possível, onde toda ação vai se desenvolver. É interessante ver o personagem tendo essa abordagem mais cósmica e psicodélica, mas todo o charme dos filmes solos anteriores como sendo filmes de assalto, fica pra trás. Até a comédia é deixada mais de lado, com o filme assumindo um tom mais dramático em certos momentos.

Essa mudança de tom se deve principalmente pela ameaça de Kang, que tem uma presença marcante com a atuação excelente de Majors. Ele sabe dosar sua calma e fala mansa e explodir de raiva nos momentos certos, principalmente quando o embate se torna mais físico, algo um tanto inesperado.

Apesar de conhecermos mais dessa variante do vilão, que já havia sido apresentado brevemente no final da série Loki, ele ainda é uma incógnita, o que pode gerar antipatia e desconfiança do público geral, que vai sempre compará-lo com Thanos, que foi um vilão formidável, mas que também demorou a ter seu espaço para brilhar. Kang tem uma história aparentemente mais complexa, principalmente mexendo com o multiverso, portanto essa é apenas uma introdução ao personagem que deve dar as caras ainda várias vezes até sua conclusão em Vingadores: Dinastia Kang e Guerras Secretas, em 2025 e 2026 respectivamente.

Há várias criaturas bizarras no Reino Quântico, e vários designs inventivos, mas é tudo tão colorido e cheio de coisas, que acabam se perdendo, até porque nada ali tem grande relevância a trama. Pode se dizer o mesmo de algumas participações especiais, como a de Bill Murray, por exemplo.

Paul Rudd continua esbanjando carisma como sempre e também consegue entregar bem as partes mais dramáticas quando confrontado por Kang. Evangeline Lilly fica meio escanteada junto com Michael Douglas, mas pelo menos Michelle Pfeiffer tem finalmente bastante espaço, e sua ligação com Kang é curiosa mas bem desenvolvida.

Um dos pontos baixos infelizmente é Kathryn Newton, que fica bem abaixo dos demais, e seus diálogos com certeza não ajudam, tendo pelo menos 70% das suas falas sendo ela gritando pelo seu pai. Outro ponto baixo é o M.O.D.O.K., que tem uma origem diferente dos quadrinhos mas que poderia ser interessante, mas seu visual sem o elmo é simplesmente esdrúxulo. E claro uma cabeça gigante voadora é ridícula por si só, mas a maneira como foi feito, parece que só esticaram a cabeça no photoshop de qualquer maneira. E é melhor nem mencionar o desfecho do personagem.

No fim temos uma aventura divertida, mas sem grandes surpresas, que promete muito e entrega o básico. Ao se aventurar na riqueza e grandeza do Reino Quântico, Homem-Formiga perde um pouco de seu charme, abocanhando mais do que pode engolir. Quem acompanha a Marvel nesse entrelaçados de projetos entre séries e filmes deve se entreter, mas é possível que o longa encontre seus detratores por aqueles que esperavam algo á mais.

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  3.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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