PUBLICADO EM 14/03/2023

John Wick 4: Baba Yaga

 

John Wick 4: Baba Yaga

John Wick 4: Baba Yaga, mostra mais um capítulo do embate sanguinolento de Keanu Reeves contra a organização da Alta Cúpula, e esse sem dúvidas é o maior de todos eles, não só pela duração do filme em si, com suas quase três horas de duração, mas pelo nível de ação empregada nesta sequência, que realmente vale o adjetivo de épica.

Na trama, John Wick (Reeves) descobre um caminho para derrotar a Alta Cúpula. Mas antes que ele possa ganhar sua liberdade, ele deve enfrentar um novo inimigo com poderosas alianças em todo o mundo e forças que transformam velhos amigos em inimigos.

Wick sofre as consequências diretas dos acontecimentos do último filme, ainda é foragido e vai passar por cima de quem precisar para conseguir sua liberdade, mas agora o preço parece ficar alto demais quando pessoas próximas pagam o preço pelos seus atos, e se vê obrigado a enfrentar antigos aliados, como Caine, interpretado pelo ótimo Donnie Yen.

O diretor Chad Stahelski eleva o nível da ação, há uma grande variedade de cenários e armas sendo exploradas como espadas, arco e fecha, nunchaku e claro as armas de fogo. Muitas vezes os tiroteios podem cansar por não oferecer uma grande variação em termos de ação, mas graças aos ternos à prova de balas tudo se torna muito dinâmico e com variações já que os personagens precisam chegar muito perto para trocar socos e continuar atirando. As cenas são geralmente bem longas e intensas, e quase sempre se sustentam mas em alguns momentos elas poderiam ser mais enxutas devido a repetição.

Existem alguns momentos em que a suspensão de descrença precisa ser elevada ao último nível, pois quando alguém cai do terceiro andar e bate na quina da lataria de um carro, deixando o mesmo afundado, dificilmente ele levantaria em poucos segundos sem nenhuma parte do corpo quebrada. O lado positivo é que é mais difícil de acreditar porque a cena é muito bem feita, parece real e você senti o impacto, e essa nem a única queda desde nível. Outro fator de pelo menos alivia a famosa “mentirada”, é que Wick parece sempre mancando, meio desengonçado, lutando como dá.

Ainda sobre a ação é impossível não citar um sequência numa casa em reforma meio abandonada, que poderia ser facilmente uma adaptação do jogo Hotline Miami

Reeves está mais calado do que nunca aparentemente, e destila frases de efeito. Todos os novos personagens são interessantes e vários deles com certeza serão aproveitados futuramente, seja em spin-offs ou na vindoura série. Os destaques vã para Yen e Shamier Anderson, com seu fiel cachorro.

Os pontos negativos ficam por conta da escanteada que deram no personagem do Laurence Fishburne e no personagem bizarro de Scott Adkins, com uma maquiagem bastante questionável e com uma roupa cheia em enchimentos pra simular ser gordo. A sorte é que absolutamente ninguém parece levar isso muito a sério, o que é bom, pois esse tipo de personagem é bem vindo, mas desde que seja bem feita.

Muito desse mundo de organizações do submundo do crime é desenvolvido, o que é ótimo, mas a falta de alguma instituição policial, ou sequer menção que seja, fica meio estranho. Não há repercussão depois de uma chacina acontecer numa boate, ou simplesmente pararem o trânsito no meio de Paris por conta de um tiroteio, nem um guardinha de trânsito sequer aparece.

O final, diferente de todo o filme, cria uma tensão pela espera, quase uma contemplação e encerra este arco principal iniciado lá no primeiro longa, e recompensa quem acompanhou a jornada até aqui. Fique atento para uma cena pós-crédito!

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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