A ideia de fazer uma nova animação da franquia O Senhor dos Anéis é algo excelente, pois dá possibilidades muito maiores até do que em live-action, e essa nem é uma ideia nova pois ao longo dos anos 60 e 70 foram feitas adaptações de O Hobbit e de O Senhor dos Anéis em animação, então até demorou para novas empreitadas serem tentadas.
Ambientado 183 anos antes dos eventos narrados na trilogia original de filmes, O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim conta o destino da Casa de Helm Mão-de-Martelo, o lendário nono Rei de Rohan. Um ataque repentino de Wulf, inteligente e implacável lorde Dunlending, em busca de vingança pela morte de seu pai, obriga Helm e seu povo a uma última e ousada estratégia, buscando refúgio na antiga fortaleza de Hornburg – que mais tarde será conhecida como o Abismo de Helm. Em uma posição cada vez mais desesperadora, Hera, a filha de Helm, deve se armar de coragem para liderar a resistência contra um inimigo mortal disposto a destruir tudo e todos que encontrar em seu caminho.
O fato da animação ser em um estilo de anime, talvez seja questionável, pois não sei exatamente se combina muito com todo o restante do que foi feito com a franquia até o momento, mas até ai tudo bem. O grande problema é que a animação em si é meio pobre, principalmente em relação aos cenários, que são estáticos enquanto tudo se desenrola em primeiro plano. Alguns efeitos que usam 3D também deixam a desejar. E isso é um pouco frustrante pois estamos falando de uma franquia gigante fazendo uma animação para o cinema.
Os primeiro 30, 40 minutos são realmente interessantes, a apresentação dos personagens, das intrigas, é tudo feito muito bem, mas depois quando entremos nas grandes cenas de batalha as coisas complicam. A batalha no Abismo de Helm é a mais icônica de toda a trilogia de Peter Jackson, ela ocupa quase que metade do segundo filme, e aqui temos um repeteco disso, mas sem o mesmo impacto, sem o mesmo brilho. Os personagens não são tão interessantes, e a batalha em si não é tão bem construída ou dirigida por Kenji Kamiyama.
O que deveria ser o ápice do filme na verdade acaba se tornando um pouco enfadonho, as 2h15 demoram a passar em determinado ponto já que nem a qualidade gráfica nem o roteiro conseguem empolgar muito.
A boa impressão que fica mesmo é do estabelecimento de Hèra como uma boa protagonista, e eu veria outra aventura dela sem problema, mas seria ótimo ver apenas uma boa aventura na Terra Média, sem qualquer ligação com a Guerra do Anel, o mundo é muito vasto para ser prender toda hora nisso.
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