Baseado no livro de A.J. Finn, o filme A Mulher na Janela, nova aquisição da Netflix para seu catálogo, promete um thriller psicológico envolvente e cheio de reviravoltas, mas o resultado final fica longe do esperado.
Na trama acompanha Anna (Amy Adams), uma psicóloga que sofre de agorafobia e não consegue sair de casa, com isso um dos seus hobbies é ficar bisbilhotando a vizinhança através de sua janela. As coisas começam a complicar quando ela vê algo assustador na casa de seus novos vizinhos.
A grande questão é saber se o que foi visto é real ou não, já que devido a sua condição clínica, os remédios e o álcool, fazem de Anna uma observadora não muito confiável. Um dos problemas do desenvolvimento do filme é não dar aspectos que corroborem com o que Anna diz, portanto tudo que ela fala parece paranoico e questionável, tudo isso no final haver uma “surpresa” maior. Deixar a dúvida no ar serie muito mais interessante.
O elenco de apoio é muito bom, com Gary Oldman, Julianne Moore, Jennifer Jason Leigh, Wyatt Russell, Anthony Mackie etc,, mas absolutamente nenhum outro personagem tem algum tipo de desenvolvimento. Parece que jogam toda responsabilidade talentosos nos ombros de Amy Adams, que não está ruim no nível de Era Uma Vez um Sonho, mas está longe de ser suficiente para carregar o filme nas costas.
A falta de uma trilha sonora marcante, que ajudasse a elevar o tom de suspense é notável, e algumas cenas são extremamente caricatas e até meio bregas, fugindo do tom do filme. A sequência final por sua vez é constrangedora, um momento que deveria ser de extrema tensão consegue provocar risos involuntários e remeter a cenas de Esqueceram de Mim.
A Mulher na Janela tem um grande potencial desperdiçado, seja por seu grande elenco, seja pela história de suspense boa mal contada ou pelo simples fato de não ter aceitado de vez a galhofa, nos proporcionando um guilty pleasure de qualidade.
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