PUBLICADO EM 10/01/2025

Aqui

 

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O longa Aqui é o reencontro de Tom Hanks, Robin Wright e o diretor Robert Zemecks, que trabalharam juntos em Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994), após 30 anos.

Ambientado em um único lugar, o filme acompanha diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço que um dia chamaram de lar. Uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memórias, que nos transporta desde o passado mais distante até um futuro próximo. 

Sendo baseado na graphic novel de Richard McGuire, o diretor se aproveita desta estética de quadros sobrepostos para mostrar diversos momentos neste mesmo ambiente e se aproximar da obra original. Por vezes isso pode parecer meio brega, e até lembrar alguma montagem de power point, mas como todo o filme segue essa vibe meio brega acaba que casa bem a proposta.

O grande problema de Aqui é o rejuvenescimento facial dos atores, pois é algo que não fica orgânico, parece uma cutscene de um video game, eles ficam com um rosto todo esticado com um aspecto borrachudo, é muito estranho. E como o plano continua sempre o mesmo em alguns momentos os personagens se aproximam da tela, e o close no rosto pode te tirar da imersão. O mesmo pode ser dito de algumas composições de cena e noção de profundidade do enquadramento, que fica muito evidente ser uma tela verde.

Mas mesmo com todos esses problemas técnicos, a história pode ser bastante comovente, dependendo do seu nível de envolvimento com o tema abordado, de pertencimento, legado e o que faz do nosso lar ser um lugar especial. Tom Hanks esbanja carisma como sempre, e a química com Wright é inegável, e há boas passagens com Paul Bettany que interpreta o pai de Hanks.

Entre a comédia e o drama, o longa se sai melhor no primeiro quesito, já que o drama em si é meio piegas, e Zemecks tem sorte de ter um elenco carismático pra salvar sua narrativa de um possível desastre. E mesmo tentando manipular a audiência com melodrama, ainda acho que Aqui oferece um história interessante contada de um jeito diferente. Mas deixo a recomendação para quem se interessar ir atrás da obra original, que acaba sendo melhor resolvida e utilizando muito melhor esse estilo de narrativa no seu formato de história em quadrinho.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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