PUBLICADO EM 20/12/2022

Avatar: O Caminho da Água

 

Avatar: O Caminho da Água

Avatar, lançado no longínquo ano de 2009, foi uma revolução para o cinema com seus efeitos especiais, nível de detalhamento e tecnologia de 3D nunca vista com tanta qualidade, que obrigou a indústria a se modernizar para acompanhar sua evolução. Mas passado tanto tempo e com uma saturação do formato 3D (quase nunca bem utilizado por outros longas), ainda há interesse numa história considerada comum por muitos?

Na trama, após formar uma família, Jake Sully (Sam Worthington) e Ney’tiri (Zoe Saldaña) fazem de tudo para ficarem juntos. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora quando uma antiga ameaça ressurge, e Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos.

A introdução do filme é literalmente um resumão de tudo que se passou nos últimos anos na vida dos protagonistas, introduzindo seus (vários) filhos, que até você se acostumar com quem é quem, demora um pouco, mas tudo bem pois tempo é o que não falta para se acostumar. A primeira hora é dedicada a essa ambientação, para podermos nos habituar novamente com esse mundo, colocando o novo dilema da trama que obriga eles saírem do seu lugar confortável e desbravar outra parte de Pandora, no caso uma tribo de Na’vi que vive num conjunto de arquipélagos.

Nessa altura somos apresentados a toda uma gama de novos personagens e também sua cultura. Se no primeiro filme havia o choque cultural dos humanos com os Na’vi, aqui existe o choque com os próprios nativos do planeta, mas de trios diferentes, que torna as coisas um pouco mais interessantes.

O foco principal aqui é sem sombra de dúvidas as novos personagens. Os filhos de Jake e Ney’tiri, e também os agregados, tem seus próprios dilemas. Alguns deles simplesmente iguais qualquer outro adolescente, como o fato de se sentir diferente, de não se encaixar em um novo lugar, ou não atender as expectativas dos mais velhos.

O que para muitos seria o ponto fraco de Avatar, na verdade acaba se tornando um trunfo: a simplicidade de sua história. Se no primeiro temos basicamente um Pocahontas espacial, aqui as coisas não mudam muito de figura, mas com tantos novos e interessantes personagens, realmente mergulhamos de cabeça nessa nova aventura, que acaba se tornando fácil de se identificar, e por isso capaz de replicar o sucesso do primeiro filme. Existe um pouco de tudo pra quem gosta de ficção científica, guerra, romance e até documentários sobre a natureza.

Claro que ao querer agradar todo mundo muitas vezes você não agrada ninguém, mas não parece ser o caso aqui, já que realmente tudo é muito bem feito. Até o arco do vilão interpretado novamente por Stephen Lang se torna mais interessante, diferente do primeiro filme onde era apenas um cara muito, muito mau.

Falar sobre a parte técnica de Avatar é simplesmente perda de tempo, pois nada do que possa ser descrito aqui fará jus ao nível de qualidade alcançada mais uma vez por James Cameron e sua equipe. Se possível arranje a maior tela possível para vê-lo, e se existe algum longa que vale a pena o 3D, esse filme é Avatar.

O segundo Avatar, deixa o tabuleiro todo organizado para o terceiro filme, ele encerra um arco, mas prepara terreno para algo maior que já está engatilhado para outras possíveis três sequências. E diferente do primeiro filme este realmente deixa um gosto de quero mais, principalmente pelo desenvolvimento dos personagens.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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