Logo em sua primeira aventura lá em Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica de 1989, é dito que William “Bill” S. Preston (Alex Winter) e Theodore “Ted” Logan (Keanu Reeves) iriam compor uma música capaz de unir toda população mundial num futuro brilhante, cheio de paz e harmonia. Chegamos a 2020 e o grupo Wyld Stallyns (Garanhões Selvagens) se tornou um tremendo fracasso. Isso põem em risco não só esse futuro promissor, como toda a realidade temporal como conhecemos.
É com essa premissa que voltamos mais de 30 anos depois em Bill & Ted: Encare a Música, com nossos protagonistas cansados, prestes a desistir de compor a tal música e enfrentando problemas em seus respectivos casamentos. É de certa forma reconfortante ver os dois juntos novamente sendo espalhafatosos e bobos, algumas coisas certamente não precisam de mudanças drásticas.
Alguns dos pontos altos do filme é ver Bill e Ted se encontrarem com suas versões do futuro, na tentativa de “roubar” a música de si próprios. É perceptível o quanto eles estão se divertindo, principalmente em seu futuro onde eles tem sotaque britânico.
Mas certamente o melhor de tudo é ver que não estamos apenas olhando pro passado com nostalgia, mas encarando não só a música, mas também o futuro. A presença de Billie (Brigette Lundy-Paine), filha de Ted, e Thea (Samara Weaving), filha de Bill, deixa claro desde o começo a intenção de passagem de bastão pra uma nova geração. Ao também viajarem no tempo em busca de músicos para formar uma super banda e ajudar seus pais, elas evocam o que de melhor existia no primeiro longa, passando por diversos cenários e conhecendo figuras históricas.
É legal ver que a atuação das duas (principalmente Billie) também remete aos jovens Bill e Ted, meio bobo e ao mesmo tempo descoladas. As tramas das duas duplas seguem paralelas sem nunca se sobreporem, até claro convergirem no final.
Até mesmo Elizabeth (Erinn Hayes) e Joana (Jayma Mays) ganham mais destaque do que nos filmes anteriores, tendo seu próprio arco (mesmo sendo pequeno) e não servindo apenas de muleta narrativa como donzelas em perigo. A volta da Morte (William Sadler) rende uma cena excelente e a presença de um robô assassino chamado Dennis (Anthony Carrigan) também mostra que o filme não tem o menor pudor de assumir seus aspectos mais duvidosos do passado.
No fim, Bill & Ted: Encare a Música é bastante previsível nas suas intensões de onde quer chegar, cheio de nostalgia e piadas bobas. A viagem no tempo continua não fazendo lá muito sentido e existem algumas conveniências de roteiro, contudo o final simplesmente aquece o seu coração. É o tipo de filme que ninguém pediu, mas que só percebemos que precisávamos quando ele está na nossa frente.
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