PUBLICADO EM 04/09/2020

Bill & Ted: Encare a Música

 

Bill & Ted: Encare a Música

Logo em sua primeira aventura lá em Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica de 1989, é dito que William “Bill” S. Preston (Alex Winter) e Theodore “Ted” Logan (Keanu Reeves) iriam compor uma música capaz de unir toda população mundial num futuro brilhante, cheio de paz e harmonia. Chegamos a 2020 e o grupo Wyld Stallyns (Garanhões Selvagens) se tornou um tremendo fracasso. Isso põem em risco não só esse futuro promissor, como toda a realidade temporal como conhecemos.

É com essa premissa que voltamos mais de 30 anos depois em Bill & Ted: Encare a Música, com nossos protagonistas cansados, prestes a desistir de compor a tal música e enfrentando problemas em seus respectivos casamentos. É de certa forma reconfortante ver os dois juntos novamente sendo espalhafatosos e bobos, algumas coisas certamente não precisam de mudanças drásticas.

Alguns dos pontos altos do filme é ver Bill e Ted se encontrarem com suas versões do futuro, na tentativa de “roubar” a música de si próprios. É perceptível o quanto eles estão se divertindo, principalmente em seu futuro onde eles tem sotaque britânico.

Mas certamente o melhor de tudo é ver que não estamos apenas olhando pro passado com nostalgia, mas encarando não só a música, mas também o futuro. A presença de Billie (Brigette Lundy-Paine), filha de Ted, e Thea (Samara Weaving), filha de Bill, deixa claro desde o começo a intenção de passagem de bastão pra uma nova geração. Ao também viajarem no tempo em busca de músicos para formar uma super banda e ajudar seus pais, elas evocam o que de melhor existia no primeiro longa, passando por diversos cenários e conhecendo figuras históricas.

É legal ver que a atuação das duas (principalmente Billie) também remete aos jovens Bill e Ted, meio bobo e ao mesmo tempo descoladas. As tramas das duas duplas seguem paralelas sem nunca se sobreporem, até claro convergirem no final.

Até mesmo Elizabeth (Erinn Hayes) e Joana (Jayma Mays) ganham mais destaque do que nos filmes anteriores, tendo seu próprio arco (mesmo sendo pequeno) e não servindo apenas de muleta narrativa como donzelas em perigo. A volta da Morte (William Sadler) rende uma cena excelente e a presença de um robô assassino chamado Dennis (Anthony Carrigan) também mostra que o filme não tem o menor pudor de assumir seus aspectos mais duvidosos do passado.

No fim, Bill & Ted: Encare a Música é bastante previsível nas suas intensões de onde quer chegar, cheio de nostalgia e piadas bobas. A viagem no tempo continua não fazendo lá muito sentido e existem algumas conveniências de roteiro, contudo o final simplesmente aquece o seu coração. É o tipo de filme que ninguém pediu, mas que só percebemos que precisávamos quando ele está na nossa frente.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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